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Evento reúne RAP, capoeira, samba, grafite e poesia para exaltar a cultura afrobrasileira

Será realizado neste sábado (07), a partir das 19h, o Àjòdún das Pretas. O evento já é tradicional no cenário cultural londrinense e realiza sua primeira edição após dois anos de paralisação devido à pandemia de covid-19. Realizado desde 2015, ele nasceu como Sarau das Pretas, mas, agora, se apresenta como Àjòdún (palavra que vem do Ioruba e significa reunião de pessoas para comemorar algo) das Pretas. Nesse caso, a comemoração é para referenciar e saudar a ancestralidade das mulheres pretas.

Como um bom sarau, a programação reúne diversas linguagens culturais. A galera do projeto Freestyle de Rua vai participar apresentando as rimas fortes do RAP. Também haverá roda de capoeira com o pessoal do Centro Esportivo de Capoeira Angola de Londrina (CECA). Para fechar a noite, os bambas do Trinca do Samba garantem uma roda de samba animada. Durante todo o sarau, também acontece uma ação de grafitagem com a Kenia Kuriki, que vai deixar sua arte registrada em um dos muros da Casa da Vila, local onde acontece o evento. Ainda ao longo do evento, haverá momentos para intervenções do público com declamações de poesias e rimas.

É importante destacar que o mês escolhido para o retorno das atividades do Àjòdún das Pretas leva em consideração a data de 13 de maio (dia da abolição da escravatura, ocorrida em 1888). A atividade é justamente para marcar que tal data NÃO deve ser comemorada, muito pelo contrário, trata-se de um dia de LUTA. A falsa abolição da escravatura levou o povo preto do Brasil a uma realidade de pobreza, marginalização e discriminação. Sem a verdadeira reparação histórica que merecia, o povo negro deseja marcar essa data como um momento de DENÚNCIA do racismo que estrutura a sociedade brasileira.

Somando-se nessa luta, o Coletivo de Mulheres Luiza Mahin (LuMah), organizador do sarau, convida a todos e todas para que estejam conosco nesse dia e reforcem o coro já entoado na canção “Quilombo Axé”: “13 de maio não é dia negro!”.

Fiama Heloisa/Asimp

#JornalUnião

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