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Projeto Banda Nova apresenta Wood Surfers e Aruandê, duas bandas londrinenses de repertórios autorais e sonoridades únicas

Um pouco de tudo. De influências do psicodelismo, stoner rock ao ska. O fundamental dessa combinação é a surf music londrinense do Wood Surfers. E mais, um axé e um salve às divindades do Aruandê. O show do Projeto Banda Nova não poderia ser mais democrático ao reunir hoje (22), às 19 horas, no Centro Cultural Sesi/AML (Rua Maestro Egídio Camargo do Amaral, 130, em frente à Concha Acústica), duas bandas de trabalhos tão originais.

Há 10 anos e em sua 6ª edição, o Banda Nova proporciona encontros como os da Wood Surfers,  uma banda de surf music instrumental, que surgiu em 2013, e o Aruandê, grupo formado em 2016 e que tem raízes na pesquisa e faz música para louvar as divindades das religiões de matriz africana.

O objetivo do projeto é mostrar essa grande variedade da produção musical da região em repertórios de releituras e composições originais.  

O Wood Surfers  era o que se diz “tipo de república”, sem grandes pretensões. A partir de 2016, a banda foi reforçada com a baixista Isis Karolina, tendo na formação Marcos Pelisson (guitarra) e Daniel Rosa (bateria), que substitui por hora Lucas Figueiredo.

A moçada da banda está ansiosa para a chegada do primeiro álbum com 10 faixas, gravado ao vivo em Londrina, que será lançado pelo selo independente Otitis Media Records, do Texas (EUA). A expectativa é que ainda este ano o CD desembarque por aqui.

"A gente começou fazendo cover do Dick Dale, Link Wray, Ventures, bandas clássicas da surf music. Só que temos muitas influências musicais. Partimos para o lado da surf experimental, costumo dizer, porque não tocamos somente o estilo. Outras bandas tradicionais do gênero, quando veem a gente tocar fala: ‘opa, calma aí’, porque tem um pouco de stoner, ska, entre outros ritmos. Hoje, o Pelisson compõe a parte da guitarra e a gente cria em cima. Temos uma música nossa, ‘Shot’, que é bem ska tradicional, raiz mesmo. Conta com a participação do saxofonista do Búfalos D’Água, o Fábio da Cunha”, conta Isis.

Sobre a apresentação no Sesi, a baixista diz que será a oportunidade de mostrar o show da banda para o público londrinense.

“Fazemos apresentações em cidades do Paraná, como Foz do Iguaçu e Cascavel, interior de São Paulo, mas em Londrina nunca dá certo. Será a chance de mostrarmos um show por inteiro, como é nossa música”, afirma Isis.

Aruandê

Compositores do time de Roque Ferreira e, mais próximos de nós, o londrinense Bernardo Pellegrini, e intérpretes que cantam as divindades, como Clara Nunes e Maria Bethânia, influenciam a pesquisa do Aruandê. 

No começo, esse trabalho de pesquisa era somente de Camila Taari (voz) e Rafael Rosa (voz/violão), mas ganhou mais sonoridade com Wellington Filho (cavaco), Camila Rios (percussão) e André Coudeiro (bateria/percussão).

“Pensávamos só em estudar e fazer uma pesquisa de repertório baseada em canções compostas para louvar orixás. Até percebermos que estávamos seguindo um rumo que pedia para acrescentar mais pessoas. Claro que, depois, não queríamos ficar somente estudando e pensamos em criar a banda”, conta Camila Taari, que destaca a disciplina rígida de ensaios e estudos do grupo. 

A vocalista diz que muita coisa legal surgiu da pesquisa e, naturalmente, começaram a surgir as composições próprias da banda.

“Rafa tinha uma música pronta, que queria tocar, mas nunca tinha oportunidade. As ideias começaram a borbulhar e começamos a compor quase que compulsivamente. Não fugimos dessa temática, mas queremos falar também de energia, coisas boas, vibrações boas”, destaca Camila Taari, que deseja que as canções não fiquem restritas aos terreiros, mas alcance outros públicos. 

O Aruandê faz música seguindo os preceitos e simbologias das religiões de matriz africana, apresentando canções que falam sobre os orixás, Iansã, Oxalá, Exu, que tratam de tradições, como as benzedeiras.

No show do Sesi, o grupo preparou um repertório de autorais, mas também algumas de Roque Ferreira.

“Somos apaixonados por Ferreira e, embora tenhamos composições originais, não conseguimos abrir mão dele”, afirma Camila Taari.

Mais sobre o Banda Nova

As primeiras edições do Banda Nova aconteceram no Bar Valentino, na Concha Acústica, circulando ainda por outros espaços.   

Já passaram pelo projeto mais de 150 bandas e cerca de 600 músicos. O Banda Nova faz parte da história de músicos, alguns com destaque nacional, como Cluster Sisters, Vitor Conor, Maracutaia do Samba, The Brotherhoods, Marujo Cartel, Bemol Blues Band, Samba 172, Castores e Patos, MC Sergin, Marquinhos Diet, Lobisomem, Mucambo de Banto, entre outros.

A realização é da Funcart em parceria com o Centro Cultural Sesi/AML, com patrocínio: Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic). Apoio Rádio UEL FM e Canal Bom Negócios.

Asimp/Sesi Cultural

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Aruandê - Divulgação

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