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Banda franco-brasileira viaja pelo país em uma Kombi e apresenta o novo concerto “Músicas de um Mundo-quintal”

O grupo franco-brasileiro Čao Laru apresenta o lançamento do disco Kombiphonie em Londrina, com show neste domingo, dia 13 de maio na Festa Barbada, do Bar Valentino (Rua Prefeito Faria Lima, 486).

A história do Cao Laru não poderia ser senão curiosa - e inspiradora. Em 2014, eles cursavam mestrado em Pedagogia Musical em Rennes, na França. Decididos a colocar em prática os conceitos que aprendiam na universidade, eles resolveram montar uma banda de “músicos interventores”, que ocupavam, com música, espaços como asilos, creches e hospitais. Começava a se desenhar ali um dos pilares do Cao Laru: a vontade de levar música a qualquer lugar.

Em 2016, numa viagem a Cuba, eles tiveram a primeira experiência em levar essa arte para fora da França - e gostaram tanto da equação banda na estrada + conhecer lugares e pessoas novas, que decidiram: seriam, a partir dali, uma “banda viajante”.

Desde então, o Cao Laru é um fenômeno. Em junho daquele ano, alugaram um motorhome e ficaram quatro meses na estrada. Passaram por 13 países, entre a França e a Romênia. Na Suíça, descobriram que tocar nas ruas e feiras de artesanato - e passar o chapéu ao final das apresentações - lhes rendia dinheiro suficiente para que os seis músicos se sustentassem. Aqui, nasce outro pilar do grupo: o longo tempo em que permanecem juntos, fazendo dezenas de shows em sequência, por meses, como é o caso da atual turnê no Brasil.

Em outubro de 2016, vieram ao Brasil e compraram uma Kombi. E foram da Bahia até a Patagônia, na Argentina, totalizando 7 meses na estrada, 25.000 quilômetros rodados e incontáveis apresentações.

Para um esquema tão original funcionar, é preciso organização. A cada turnê, eles dividem funções: um acorda o grupo no horário correto; o outro é responsável pela faxina da Kombi; outro cuida dos mapas para eles não se perderem nas longas viagens; e há o cozinheiro e o lava-louças, além do motorista, é claro.

“Também temos uma regra: cada músico é responsável pela produção de uma turnê”, explica Noubar, que assumiu a organização dos shows no Brasil. Sem a estrutura de um escritório e contando apenas com computador e wifi - quando o lugar em que estão tem internet… - Noubar articulou mais de 40 apresentações em 60 dias.

Criado na França por seis músicos que optaram por somar suas raízes e seus diferentes universos para a criação de uma música que viaja, que aprende, que se transmite e que não abdica do direito de se transformar. Sua formacão atual é comporta por sete integrantes: Noubar Sarkissian Junior (cavaquinho, violão, pandeiro e voz), Felipe Trez (bateria), Pedro Correa Abrantes Pinheiro (baixo e contrabaixo), Laura Aubry (acordeom e voz), Marie Tisser (violoncelo e voz), Louise Aleci (violino e voz) e Victor Ledoux (saxofone e voz). A turnê passa por casas de shows independentes, bares, teatros, Sesc’s e eventos de prefeituras, mas também conta com apresentações gratuitas em praças, feiras e até na casa de fãs da banda.

Neste dia, a banda vai contar um pouco do que é e como é construir uma turnê 100% independente e viajar pelo mundo fazendo o que acredita. Após percorrer 30 mil km de Kombi entre Brasil e Argentina, pesquisando e recriando tradições, a banda chega ao Rio de Janeiro para trocar um pouco de sua experiência.

Além do bate papo, contaremos com a exibição de seu documentário gravado em sua última turnê pelo nordeste do Brasil e uma apresentação pensada especialmente para esse formato. 

Ouça o disco Kombiphonie: https://www.youtube.com/watch?v=RHig385U3ts&t=930s

Vídeos de shows: https://www.facebook.com/CaoLaru/video

Rafael Michalawski/Asimp

#JornalUnião

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