Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

Evento deste sábado (21) será aberto ao público em geral, porém a ocupação será reduzida e limitada para garantir o distanciamento social

A comunidade kaingang em Londrina vai realizar, neste sábado (21), às 10h, uma apresentação no Vãre – Centro de Referência, Memória e Cultura Indígena. A performance será conduzida pelo grupo de dança VÄN-GA, e faz parte da religião nativa do povo kaingang, que está presente na região de Londrina.

O Centro Cultural Kaingang fica na marginal da Avenida Dez de Dezembro com a Rua Pedro Antônio da Silva. Com capacidade máxima reduzida para garantir o distanciamento social, a entrada no Centro Cultural será aberta a toda comunidade e interessados em aprender sobre a cultura kaingang. O uso de máscara facial é obrigatório, como medida de prevenção ao novo coronavírus.

A Prefeitura de Londrina apoia o evento, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), assim como o Conselho Municipal de Transparência e Controle Social (CMTCS).

Segundo o vice-cacique Kaingang da aldeia Água Branca, Renato Kriri, a performance cultural é um ritual que se assemelha a uma prece, reza ou oração. “É algo da nossa religião nativa, e podem vir participar quem quiser conhecer mais a cultura indígena. O nosso objetivo é garantir que os direitos indígenas sejam cumpridos, como a lei determina para qualquer pessoa, em situação de igualdade”, afirmou.

Quem comparecer na apresentação também poderá contribuir com a arrecadação de alimentos, que serão destinados às famílias indígenas em situação de vulnerabilidade social.

A etnia kaingang está entre as cinco maiores do país, com aproximadamente 40 mil pessoas. A estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é que a população kaingang em Londrina englobe cerca de 1.500 mil pessoas. E a Reserva Indígena do Apucaraninha, onde está situada a aldeia, fica nas divisas do município de Tamarana.

O secretário municipal de Cultura, Bernardo Pellegrini, lembrou que o Centro Vãre nasceu para ser um grande projeto turístico, de integração e divulgação da cultura originária. “Esse grupo de guerreiros, que vão realizar a dança ritual, faz um resgate ao utilizar o espaço de maneira criativa, com arte e a cultura indígena, que é riquíssima, articulada e não se resume à história dos antepassados”, frisou.

Para Pellegrini, a atuação dos jovens indígenas ocorre em um momento em que é preciso fortalecer a cultura das etnias de povos originários. “A SMC está acompanhando esse trabalho na expectativa de auxiliar o CMTCS, que está à frente, com os moradores da Aldeia Água Branca, para levantarem seu lado cultural, com os jogos indígenas, festivais de arte e jogos esportivos. Nosso objetivo é ajudar a valorizar essa riqueza que o Brasil e o Paraná têm”.

NCPML

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.