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O espetáculo será realizado neste domingo, 16/02, às 19:30, na Vila Cultural Flapt! (Rua Lino Sachetin, 498 - Conjunto Luis de Sá – Zona Norte - Londrina/PR)

Depois do projeto de contação de histórias no qual contamos cinco histórias diferentes, em um circuito que se estendia ao longo de todo o ano de 2016, ficamos bastante envolvidos com perspectiva da mitologia yorubá em relação às heroínas mulheres. Continuamos a pesquisa de sala por esse caminho e o que permaneceu foi a relação com o elemento água.

Através do acervo da Flapt e também de livros pessoais cedidos pela professora Elena Andrei (fundadora da ONG e também do grupo, falecida em 2015), foi que nos baseamos em análises mitológicas para desenvolvermos o nosso próprio mito.

Em 2017, já com nova formação, convidamos Thunay Tartari (Núcleo Ás de Paus) para fazer a direção do novo espetáculo, cujos experimentos em sala já haviam rendido algumas canções de autoria do grupo. No final do ano, já com a montagem encaminhada, conseguimos nos inscrever como projeto de finalização de montagem no edital para bolsas do PROMIC - Programa Municipal de Incentivo à Cultura. Quando aprovados, tornou-se possível convidar alguns artistas parceiros como a Loh Goulart e a Júlia Mansur, responsáveis pelo figurino e o Rogério Costa, que desenvolveu nossa iluminação.

A dramaturgia do espetáculo provém da concepção colaborativa e também conta com a criação textual de Luan Valero, autor londrinense com trabalhos de destaque como de Novo (Grupo Casca, FILO 2009), A Pereira da Tia Miséria (Núcleo Ás de Paus, 2010 - atual), O menino eterno (Cia Primeiro Encontro, 2016-2018).

A princípio não sabíamos “onde ia dar”. No trabalho de sala, Thunay nos fez algumas provocações, às quais respondemos com ações a partir de experiências pessoais. As questões que apareciam, envolviam sempre as relações interpessoais e fomos entendendo por aí, o nosso chão. Logo comecei a levar também as minhas provocações, em forma textual. Sabíamos que queríamos uma protagonista mulher, então as criações da Vanessa e da Nayara, logo se tornaram os eixos da criação dramatúrgica do todo. De maneira muito natural, “nossas protagonistas” começaram a tomar corpo. Digo isso, porque apresentamos dois períodos distintos na vida de nossa heroína, a juventude e a velhice. As dualidades e as dicotomias permeiam todo o espetáculo. (Luan Valero)

A Cia Boi Voador nasceu na Flapt!, o espaço abriga diversas atividades e a Cia era o projeto de teatro de Elena. Inclusive, foi o fato de a Elena ter sido contadora de histórias que levou o grupo a desenvolver um projeto de contação que culminou nas escolhas que levaram à pesquisa do Sal. Depois desses anos em sala, é muito especial estrear na Flapt!, é estar em casa. Foi muito bom para o trabalho do grupo estar em outros espaços, juntar com outros artistas, mas estrear lá parece juntar todos esses pontos. E por mais que a gente caminhe por aí, fica claro que a essência daquilo tudo que a Elena ensinava, sobre as histórias, os arquétipos, os signos todos, continuou nessa caminhada com a gente. (Vanessa Nakadomari)

SINOPSE

Os caminhos da vida de Maria, o amor que carrega e uma misteriosa energia que cresce em seu ventre geram a força que a move e parece querer levá-la a um lugar incompreensível e desejável, o qual ela chama de Mar . Não se sabe, porém, onde tudo começou. Como numa hipnose, um surto, um feitiço, algo na vida de Maria a desperta para esta viagem interior na qual, guiada por uma velha senhora, todas as suas experiências lhe são representadas. De onde vem a voz de suas escolhas?

A vida é roda, há o dentro, há o fora e mais nada, mas viver é desenhar o contorno.

#JornalUnião

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