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Para muita gente, o final de anos traz uma certa melancolia. Mesmo com os dias festivos de Natal e Ano Novo onde a família se reúne, os amigos se confraternizam e o clima leva tudo a ser festivo, ainda assim fica uma pontinha de tristeza.

Muitos irão dizer que é porque enquanto uns comemoram com a mesa farta e a vida estável, outros não têm nada ou sofrem por muitos motivos, como guerras, doenças, esquecimento...

É claro que isso entristece, e nessa época do ano, onde fazemos uma reflexão sobre nossas vidas, a vida de outras pessoas também interferem em nós. E mesmo que não tenhamos meios ou condições de repararmos ou ajudarmos outras pessoas, sempre nos sentimos um pouco responsáveis.

Por isso, o importante é estarmos de coração aberto em relação às pessoas, mas não somente no final do ano, e sim o ano inteiro, e mesmo que não tenhamos recursos financeiros para ajudar quem precisa, temos nosso carinho, nossa atenção e nosso trabalho. Muitas vezes, uma palavra de carinho ou um gesto de bondade vale bem mais que dinheiro.

Entretanto, esse pensamento não chega a ser o único nessa época, até porque, como disse, essas atitudes precisam ser colocadas em prática o ano todo. Acredito então que essa pontinha de tristeza tem também a ver com saudade.

Sim. Porque cada final de ano é diferente e sempre lembramos de outros finais de anos, onde festejamos e brindamos com amigos, familiares e pessoas queridas. Infelizmente, muitas pessoas partem e o que fica para nós são as lembranças.

Lembrança de um parente querido que festejou em nossa casa. Lembrança de um grande amigo num réveillon há anos atrás, lembranças de companheiros de trabalhos ao qual não fazem mais parte de nosso dia a dia.

Sentimos saudades de pessoas que não estão mais perto da gente por uma questão simplesmente de distância, e também das que infelizmente vieram a falecer.

Por isso, fica esse apertozinho no peito ao pensarmos que maravilhoso seria se todos estivéssemos juntos em nossas comemorações, como já fizemos outrora.

Pensando assim, não há problema algum em sentirmos essa tristeza, pois são lembranças boas com pessoas especiais, sejam os que partiram ou estão sempre conosco todos os dias.

O importante mesmo é buscarmos viver da melhor maneira possível, para que todo ano nossas lembranças sejam imensamente alegres, porém, com aquela pontinha de tristeza “feliz”.

Desejo a todos os leitores um ótimo 2022!

Rodrigo Alves de Carvalho nasceu em Jacutinga (MG). Jornalista, escritor e poeta possui diversos prêmios literários em vários estados e participação em importantes coletâneas de poesia, contos e crônicas. Em 2018 lançou seu primeiro livro individual intitulado “Contos Colhidos” pela editora Clube de Autores - rodrigojacutinga@hotmail.com

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