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Nesta edição do Prêmio Quizomba 2021 foram 30 inscritos, entre pessoas e coletivos, e todos os premiados tiveram ou têm vínculo institucional com a Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Foram divulgados os vencedores do Prêmio Quizomba 2021, que contempla jovens artistas negros e indígenas. Nesta edição houve 30 inscritos, entre pessoas e coletivos, e todos os premiados tiveram ou têm vínculo institucional com a Universidade Estadual de Londrina (UEL). A novidade deste ano foi que, além dos quatro contemplados previstos no edital, houve um vencedor individual extra.

Ele teve origem em um projeto de extensão para a formação de agentes culturais, desenvolvido pelo Departamento de Arte Visual da UEL, em parceria com a Casa de Cultura da Universidade. O projeto conta com o patrocínio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura de Londrina (Promic).

O Prêmio Quizomba contempla jovens artistas negros e indígenas com potencial poético e de transformação social. Eles têm trajetórias artísticas ou de práticas culturais, individuais ou coletivas, marcadas pelo desenvolvimento da percepção, da imaginação criativa, espírito crítico e valores éticos e estéticos associados à dignidade humana.

Além disso, objetiva estimular a manutenção e continuidade das atividades artísticas ou culturais no município de Londrina. São 13 as áreas contempladas pelo Prêmio: circo, dança, teatro, artes visuais, fotografia, cinema e vídeo, artes gráficas, artesanato, música, literatura, tradições populares, capoeira e hip hop.

De acordo com o professor Kennedy Piau, do Departamento de Artes Visuais/CECA da UEL e coordenador do Projeto Quizomba, nesta edição as ações também receberam o impacto da pandemia. “Com o agravamento da crise sanitária decidimos nos adaptar, principalmente para fazer com que os recursos do Promic chegassem aos trabalhadores da cultura da cidade”, explica.

Kennedy Piau relata que foram adotadas duas ações. A primeira foi o Quizomba Online, em parceria com o Espaço Nave, com garantia da produção de vídeos de artistas e grupos selecionados em edital do Quizomba, no início de 2020, e suas veiculações em duas edições online (Primeira edição - Segunda edição). “A segunda ação é o Prêmio Quizomba para jovens negros e indígenas”, informa.

Segundo ele, as premiações visam ampliar o reconhecimento de uma geração emergente de artistas negros e indígenas que têm atuado de distintas maneiras para a valorização e ressignificação das tradições herdadas dos povos indígenas e dos povos africanos escravizados e trazidos à força para o Brasil.

Foram premiados dois coletivos culturais com R$ 3 mil e três artistas individuais com R$ 1,5 mil (cada).

Categoria coletivos

Grupo NEN’GA

O grupo de dança Nen'ga da Terra Indígena do Apucaraninha, composto em sua maioria por jovens, tem se destacado na luta pela preservação da cultura Kaingang em Londrina. Também está presente nas várias frentes de lutas dos povos indígenas.

Coletivo Dona Vilma Yá Mukumby

É gerido de forma horizontal, sem que haja hierarquia entre os membros, e as decisões são tomadas por meio de debates horizontais. Formado por pessoas negras, promove atividades artísticas e culturais direcionadas às crianças e jovens negras moradoras do Jardim Nossa Senhora da Paz/Favela da Bratac, além de buscar o bem-estar e a organização dos integrantes, para fortalecimento do próprio coletivo.

Categoria individual

Giovana Teixeira – Formanda em Design de Moda na UEL, ela desenvolveu o Trabalho de Conclusão de Curso com o objetivo de incentivar o protagonismo criativo de negras periféricas por meio da moda, mas não se restringindo a ele, com ações sobre seu bairro e moradias. O projeto foi desenvolvido junto ao Coletivo Ciranda, com meninas e adolescentes da Comunidade Nossa Senhora da Paz (Favela Bratac), em Londrina.

Priscila Johson – Priscila Sousa Anunciação (Johson) é formanda em Artes Visuais pela UEL. Ela é artista urbana e muralista desde 2014. O pertencimento à classe trabalhadora de baixa renda e a compreensão da identidade de gênero, orientação sexual, étnico-racial e religiosa apontam o sentido do recorte que ela faz em seus trabalhos. Os trabalhos apontam a relação entre arte e crise, e arte e sociedade, a partir do lugar que ocupa dentro dessas camadas sobrepostas de opressão, como mulher lésbica e afrodescendente.

Maria Alice Oliveira – Maria Alice Silva Oliveira, negra, graduanda em Artes Visuais (licenciatura) pela UEL. Atua profissionalmente como fotógrafa. Cineasta amadora e artista multidisciplinar, explora a fotografia, a foto-performance, o vídeo e a arte de rua. Integra um coletivo de foto-ativismo na cidade de Londrina, além de participar do PRATA, coletivo auto-organizado de artistas negros da universidade. Integra e dirige a produtora independente e coletivo audiovisual LAJE Produções.

AEN

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