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Programação do 17º Londrix terá participação da poeta pernambucana Cida Pedrosa, vencedora do Prêmio Jabuti, em 2020. Atividades começam às 14 horas

A criançada também terá hora e vez na programação desta sexta-feira (13) do 17º Festival Literário de Londrina, o LONDRIX.Às 14 horas, o professor João Marcos Brandet ministra a oficina “Um Olhar Infantil e Inclusivo pela Literatura de Cordel”, destinada à faixa etária entre seis e 12 anos. Atividade gratuita, no Museu Histórico de Londrina. As inscrições devem ser feitas através do e-mail: londrixproducao@gmail.com

A programação contempla também a palestra “ Poesia e Política”, com a premiada escritora Cida Pedrosa e mediação do professor Frederico Fernandes. Será às 19 horas.  Na sequência, às 20 horas, acontece o debate “Experiências em Literatura, Livros e Leitura”, com participação de Felipe Melhado, Luiz Felipe Leprevost e Pablo Blanco. Mediação do jornalista Antônio Mariano Júnior.

Cordel Para O Público Infantil

A proposta da oficina “Um Olhar Infantil e Inclusivo pela Literatura de Cordel”, direcionada ao público infantil entre seis e 12 anos de idade, às 14 horas, é estimular as crianças à criação e à interpretação de poemas de cordel utilizando a língua portuguesa, a língua brasileira de sinais ou outra forma de expressão. As inscrições gratuitas devem ser feitas pelo e-mail: londrixproducao@gmail.com

Para isso, os participantes terão uma aula sobre a literatura de cordel onde serão instruídos sobre as características e outras informações necessárias para o desenvolvimento deste gênero literário popular.

Após a produção dos próprios poemas, com o auxílio de João Marcos Brandet, instrutor da oficina, as crianças farão desenhos relacionados ao que escreveram. O passo seguinte é a interpretação das respectivas obras.

Caso a criança tenha alguma deficiência, ela receberá o apoio necessário para participar da atividade infantil.  “Um Olhar Infantil e Inclusivo pela Literatura de Cordel”irá fornecer material direcionado ao público com deficiência visual e/ou auditiva e/ou neuromotora.

Ao final da atividade, todos os poemas serão reunidos em um livro, que será disponibilizado de forma gratuita pelo responsável pela oficina.

Literatura E Política

Respeitada poeta, a pernambucana Cida Pedrosa vai ministrar a palestra “Poesia e Política, ” às 19 horas. Ela deverá se pronunciar, sobretudo, a respeito da atuação das mulheres na literatura e na política. A conversa será mediada por Frederico Fernandes, professor e curador do 17º Festival Literário de Londrina, o Londrix.

Ela tem autoridade para discorrer sobre o tema da palestra. Como escritora, publicou dez livros, entre eles “Solo Para Vialejo”, com o qual venceu a 62º edição do Prêmio Jabuti, em 2020, nas categorias Poesia e Livro do Ano.

Com isso, Cida Pedrosa tornou-se a primeira mulher pernambucana a se destacar no mais importante prêmio da literatura Brasileira. Como política, ela se elegeu, em 2020, vereadora da Câmara Municipal do Recife, pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B).

Para ela, poesia e política são indissociáveis conforme afirmou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. “Tem gente que acha isso péssimo. Que a poesia não se presta a isso. Mas, para mim, minha poesia tem função social. A diferença é que eu não sou panfletária. Panfleto é panfleto, poesia é poesia”, afirmou.

Após a palestra, haverá o lançamento dos livros “As Filhas de Lilith”, “Gris” e “Solo Para Vialejo”, todos de autoria de Cida Pedrosa.

Literatura, Livros E Bibliotecas

O debate “Experiência em Literatura, Livros e Leitura”, às 20 horas, terá o editor Felipe Melhado, o diretor da Biblioteca Pública do Paraná, Luiz Felipe Leprevost, e o designer gráfico Pablo Blanco como protagonistas.

Trata-se de uma conversa sobre literatura londrinense, a arte de confeccionar livros e o cotidiano das bibliotecas. A mediação será do jornalista, escritor e músico Antônio Mariano Júnior.

Breves Biografias

Cida Pedrosa -poeta, contista, recitadora e vereadora do Recife. Nasceu em 1963 em Bodocó, no Sertão de Pernambuco. Veio para o Recife em 1978 para estudar e tornou-se militante do importante e reconhecido Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco. Também integrou o coletivo Vozes Femininas, que recitava e performava poemas com recorte de gênero na década de 80.

Com 10 livros de poesias publicados: “Estesia” (2020); “Solo Para Vialejo” (2019); “Gris” (2018); “Claranã” (2017 E 2015); “Miúdos” (2011); “As Filhas de Lilith” (2017 e 2009); “Gume” (2005); “Cântaro” (2000); “O Cavaleiro da Epifania” (1986) e “Restos do Fim” (1982), e algumas indicações à prêmios literários.

Conquistou, em 2020, o mais importante prêmio da literatura nacional, o Jabuti, nas categorias Poesia e Livro do Ano, com o livro “Solo Para Vialejo”, publicado pela editora pernambucana CEPE.

Cida Pedrosa, que também acumula experiência como editora e curadora de eventos literários. Ela foi homenageada na Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, em 2021, ao lado de Paulo Freire.

Felipe Melhado -Editor na Grafatório Edições, selo de livros-objeto sobre arte, vida e cultura alternativa. Já organizou obras de autores como Paulo Leminski, Arrigo Barnabé, Rogério Sganzerla, Tomma Wember, entre diversos outros. É autor do ensaio-reportagem Self-Publishers Londrinenses (Galileu Edições, 2021) e coautor da biografia “Vou Lá e Faço: A Vida-Obra de Oswaldo Diniz” (Grafatório, 2020). Co-traduziu o poeta jamaicano Claude McKay na antologia “Porque Eu Odeio” (Grafatório, 2019) e atualmente trabalha na tradução do poeta beat japonês “Nanao Sakaki” (no prelo). É mestre em História pela Universidade Estadual de Londrina e doutorando na Universidade do Minho, em Portugal, onde estuda dispositivos de controle tecnoafetivo e contra-afecções antropofágicas.

João Marcos Brandet -Neurocientista e Fisioterapeuta com experiência na área neonatal e pediátrica, tendo participado de cursos/formações nacionais e internacionais. Na área de Letras, João concluiu formações na Universidade Hebraica de Jerusalém, Universidade Aberta do Reino Unido, UFRGS, IF Baiano, SEST SENAT e UNINTER. João Marcos Brandet é acadêmico imortal da Academia de Letras do Brasil/Suíça e presidente do NAI/PR da ALB-Suíça.

Luiz Felipe Leprevost -Nasceu em 1979, em Curitiba (PR). É Diretor da Biblioteca Pública do Paraná, escritor e bacharel em artes cênicas pela CAL (Casa de artes de Laranjeiras – RJ). Publicou os romances “Dias Nublados” (Arte & Letra, 2015) e “E se Contorce Igual a um Dragãozinho Ferido (Arte & Letra, 2011), os livros de poemas “Tudo Urge no Meus Estar Tranquilo” (Encrenca, 2017), “Uma Resposta Difícil” (Arte & Letra, 2019), “O Poeta Queima Voluntariamente” (Arte & Letra, 2020), “Ode Mundana - Revista e Ampliada” (Kotter, 2020), entre outros. Como dramaturgo teve encenadas as peças “Na Verdade Não Era”, “Hieronymus nas Masmorras”, “O Butô do Mick Jagger”, “Aqui é Minha Casa”, entre outras. Seus mais recentes trabalhos como ator foram colaborações com a Armazém Cia. de Teatro, como parte do elenco das montagens de “Hamlet” e “Angels in America”.

Pablo Blanco -Desde 2007 desenvolve projetos de identidade visual, criação e desenvolvimento de materiais gráficos e projetos editoriais. Pesquisa processos de impressão e ministra atividades formativas na área de produção gráfica artesanal, trabalhando linguagens como fotografia, tipografia e litografia. De 2009 a 2013, foi sócio e designer gráfico na BRtipo e, em 2014, formou o Mero, estúdio focado na produção de material gráficos para projetos culturais. Foi um dos idealizadores da Guerra de Ilustrações e co-organizador dos encontros mensais até 2014. Entre 2010 e 2013 coordenou, em conjunto com Edson Vieira, o Experimentório de Elaboração Gráfica, projeto em que se realizavam experiências em processos e produziam-se obras gráficas em vários suportes. Desde 2011 é um dos coordenadores do Grafatório, coletivo/associação cultural sem fins lucrativos, que tem como objetivo fomentar a cultura das artes gráficas na cidade de Londrina. No Grafatório participa da organização de eventos e cursos, montagem de exposições e realiza trabalhos de impressão e assessoria gráfica. Com o coletivo, desenvolveu o projeto Codex Ex Machina: plataforma para criação de livros ao vivo, que circulou por feiras de publicações em diversas cidades do país até 2017. Também promoveu eventos como o Ciclografias: circuito de artes gráficas e visuais, a Semana de Arte de Londrina e a Feira Dobra de arte impressa. A partir de 2016 se dedica ao Grafatório Edições, selo de livros artesanais que já publicou títulos como “A Hora da Lâmina”, de Paulo Leminski, “Visiopoemas”, de Paulo Menten, “Novos Contos”, de Rogério Sganzerla, “No Fim da Infância”, de Arrigo Barnabé, e “O Último Pau de Arara”, de Jotabê Medeiros. Em 2017 recebeu o prêmio destaque da 12ª Bienal Brasileira de Design Gráfico, pelo cartaz para a Semana de Arte de Londrina: Sobre-Cidade. Em 2020 foi premiado no Latin American Design Awards, pelo projeto gráfico do livro “Visiopoemas”, e no Brasil o Design Awards, pelo projeto gráfico do livro “Porque Eu Odeio”.

Antônio Mariano Júnior/Asimp/LONDRIX

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