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Livro “A cidade que nasceu dos trilhos” foi resultado da pesquisa de mestrado do jornalista

Na última terça-feira (15) o prefeito José Maria Ferreira recebeu em seu gabinete o servidor e jornalista Jaime Kaster, acompanhado da secretária e do diretor da secretaria de Cultura, Lourdes Narcizo e Marcos Romani, para entrega do livro de sua autoria, que conta a história e memórias de Ibiporã a partir da estação de trem e da ferrovia São Paulo–Paraná.

O livro, intitulado “A cidade que nasceu dos trilhos”, foi resultado de sua pesquisa de mestrado na Universidade Estadual de Londrina (UEL), nas áreas de Fotografia e Memória.

O lançamento será realizado nos próximos meses, em um evento festivo voltado aos pioneiros, e com a presença de várias famílias que colaboraram e tiveram a sua história ligada à Estação Ferroviária.

 “A chegada dos trilhos da Estrada de Ferro São Paulo-Paraná rasgando as matas do Norte do Paraná e alcançando a barranca do Rio Tibagi, no início da década de 1930, mexeu definitivamente com a paisagem da região. A partir de 1935, quando a linha finalmente chegou a Londrina e foi seguindo rumo ao oeste, houve forte onda de migração e a implantação em série de povoados e novos núcleos urbanos. Foi sendo formado um cordão de cidades ao longo da linha, com distância média de 15 km entre elas.

Uma delas foi Ibiporã, fundada em 1936, conhecida originalmente como “Terreno Jacutinga”, área concedida pelo Governo do Estado ao engenheiro Francisco Beltrão, planejada e colonizada por seu irmão, Alexandre Gutierrez Beltrão, que consistia em uma faixa de terras entre a margem esquerda do Tibagi e o limite da área adquirida pela Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP).

Nesta pesquisa, realizada a partir de fotografias e de documentos, analisados e confrontados com as memórias de 28 pioneiros que vivenciaram os primeiros anos de Ibiporã, o autor foca a construção e a importância da linha férrea para o município e identifica a estação como o ponto de partida para o início do povoamento urbano. Também destaca o fato de ela ter se tornado um “lugar de pertencimento” para os moradores mais antigos.

O livro traz alguns dados pouco (ou não) divulgados, como a resistência dos índios à construção da ferrovia e documentos do acervo particular da Colonizadora Beltrão, que atestam o trabalho de Alexandre Beltrão nessa região entre 1925 e 1928, portanto antes da chegada da caravana da CTNP a Londrina, em 1929. Há fotos inéditas do início da colonização de Ibiporã; a casa histórica de Beltrão (ainda em pé), que inicialmente pertenceu aos engenheiros da ferrovia e que ficava na “ponta da linha”; além das ricas memórias de pessoas comuns sobre o período áureo do transporte ferroviário na cidade, entre 1936 e 1960.

Nesse sentido, os oito pioneiros de Ibiporã que mais contribuíram com seus depoimentos na fase final do levantamento, que teve o uso de fotografias como disparadoras da memória, e trouxeram informações inéditas, dando uma nova luz à historiografia oficial sobre o tema, foram: Aparecida Peretti Pelisson, José Bonfim Ledo, Lauro de Castro Beltrão, Lourdes Sípoli Lozam, Ramon Lozam, Eleonora Beltrão Barcik, João Ibrahim Zachêo e João Rodrigues Tavares. A eles e a todos os desbravadores dessa terra, o nosso agradecimento.”

Resumo do livro "A cidade que nasceu dos trilhos", por Jaime Kaster

Asimp/Secretaria Municipal de Cultura e Turismo

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