Londrina: Festival de Música faz abertura solene nesta quinta no Teatro Ouro Verde
Fundador do festival regerá a Orquestra Sinfônica do Paraná
O 39º Festival Internacional de Música de Londrina (FIML) realiza uma abertura solene nesta quinta-feira, (11), com a Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP). O concerto, com início às 20h30, no Teatro Ouro Verde terá como regente o maestro Norton Morozowicz fundador do festival. O solista será o diretor artístico do evento Marco Antônio de Almeida.
No programa obras de Rossini, Haydn e Mendelssohn Bartholdy, ganham destaque. O concerto é aberto ao público, mas é necessário retirar os convites na bilheteria do Teatro Ouro Verde, a partir das 14h desta quinta-feira. Serão disponibilizados dois ingressos por pessoa.
A OSP vem com uma formação de orquestra clássica - ajudando a enxugar o orçamento - para interpretar um programa com momentos distintos, cujo início se dá com o humor bem orquestrado de Rossini, na Abertura da ópera Uma Italiana na Argélia. “Musicalmente, a abertura é muito bonita, começa a obra com cordas em pizzicato (beliscadas com os dedos) e um solo de oboé”, destaca Morozowicz.
Haydn mantém o clima de leveza com o Concerto para Piano e Orquestra em Ré Maior, com solo do pianista londrinense - e diretor artístico do festival - Marco Antonio de Almeida: “Para quem ouve é muito fácil, mas para quem toca é muito difícil. A obra é de uma transparência luminosa. O segundo movimento não parece obra de Haydn, porque traz ideias românticas, mas dentro do classicismo”, comenta Marco Antonio, que ressalta as harmonias surpreendentes e os trinados do terceiro movimento, inspirados na tradição húngara: Rondo all’Ungarese.
“Eu, pessoalmente, já toquei muito esse Haydn. E adoro, porque quando você toca, você descobre novas armadilhas. Cada vez que você estuda de novo, descobre novas ciladas musicais, umas coisas harmônicas espetaculares”, revela Marco Antonio de Almeida.
O clima muda, porém, na segunda parte, ganhando força com a Sinfonia nº 5, também conhecida como a Sinfonia da Reforma, de Felix Mendelssohn-Bartholdy. A obra é inspirada em Martinho Lutero, para quem a música era uma forma elevada de louvação. Lutero compôs muitos hinos protestantes, e um deles foi utilizado por Mendelssohn no quarto movimento.
“É interessante, porque é uma obra programática e muito bem escrita. Hoje em dia a gente pode comparar Mendelssohn com Mozart, foram dois meninos prodígios. É uma obra que vai agradar o público, porque é muito bonita, tem virtuosidade, com passagens interessantes para os instrumentos solistas”, ressalta Norton Morozowicz.
Andréa Monclar/Asimp
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