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Cultura 18/08/2016  09h26

Londrina: Mês do violão

Série Palcos Musicais preparou para agosto apresentações especiais de violão solo

A Série Palcos Musicais 2016 reservou para o mês de agosto uma programação especial, dedicada aos solos de violão. A programação foi aberta no dia 11 de agosto, com o show de Marcel Powell em homenagem ao pai, Baden Powell, e prossegue nesta sexta-feira (19), com um recital de Yuri Marchese, sendo finalizada no dia 26 com a apresentação do violonista Natanael Fonseca.

Além de experientes músicos, Natanael Fonseca e Yuri Marchese, têm algo a mais em comum: ambos estão cursando o Mestrado em Violão Erudito, na Universidade de Aveiro, em Portugal. Num crescente aprimoramento técnico e musical, os violonistas têm se apresentado na Europa com excelente recepção do público, realizando repertórios da mais alta envergadura em seus recitais.

Nascido no estado da Bahia, com formação no Conservatório Estadual de Sergipe, Natanael Fonseca mora atualmente em Londrina; Yuri Marcheze reside em Cambé (PR), tendo se licenciado em Música pela Universidade Estadual de Londrina. Neste contexto, a trajetória do violão londrinense ganha uma nova e significativa dimensão, que confirma o grande potencial artístico da cidade e se firma como identidade musical.

Os dois receitais (dias 19 e 26) serão realizados às 20h30, no anfiteatro do Centro Cultural Sesi/AML. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) e podem ser adquiridos no Brasiliano Bar e Cozinha, Livraria da Silvia e na bilheteria do Sesi/AML (Praça Primeiro de Maio, 130), somente no dia do evento, após as 18h.

Recital com Yuri Marchese (dia 19)

Yuri Marchese desenvolve intensa carreira como concertista dentro e fora do país. Sua experiência inclui uma passagem em 2011 pela Europa onde se apresentou em Portugal e na República Tcheca, lecionou no Conservatório Regional de Coimbra e estudou com Pedro Rodrigues na Universidade de Aveiro.

Marchese vai fazer um recital em homenagem ao músico Egberto Gismonti, cuja pluralidade torna difícil qualquer rotulação de sua obra. No exterior é considerado o “World Music”, “Brazilian Jazz” ou “Cross-over”, porém tais terminologias não se aplicam quando se aprofunda em sua produção. Do frevo à música experimental, de pequenas canções a longas obras instrumentais, a música de Egberto Gismonti carrega um caráter que o permite ser reconhecido em todo o mundo.

No programa da noite, obras que influenciaram Gismonti. De Baden Powell, duas canções: “Valsa sem nome” e “Choro para metrônomo”. De Heitor Villa-Lobos, será apresentado dois de seus doze estudos para violão: “Aquarelle”, uma peça complexa em que o compositor explora as formas da música brasileira aliadas às técnicas composicionais tradicionais; e por fim, a “Sonata de Almeida Prado”, que não faz relação direta com o homenageado, mas mantém a linhagem de compositores que desenvolveram uma nova concepção de escrita para o violão através da união da música popular e folclórica brasileira com as formas tradicionais da música erudita.

Natanael Fonseca (dia 26)

Natanael Fonseca tem sua trajetória musical dividida entre o violão e a viola de arco. Seus estudos se iniciam ao violão, como autodidata, através de gravações de Dilermando Reis. Em Aracajú, se aprimorou ao violão, onde se formou em 1989, pelo Conservatório Estadual de Sergipe. Paralelo ao final dos estudos iniciou-se na viola de arco, tendo mais tarde realizado estágio na Orquestra Sinfônica do Estado de Sergipe.

Para o recital solo, estão programadas obras de Manuel Ponce, Leo Brouwer, Marlos Nobre e Radamés Gnatalli. O repertório provém predominantemente da estética nacionalista que tem como fundamento a valorização das tradições nacionais de cada compositor. Manuel Ponce se destaca dentre o grupo de compositores que criaram o novo repertório do violão no início do século XX.

Após um acidente com a mão direita em 1984, Leo Brouwer deixou de atuar como intérprete, mas manteve-se em crescente atividade composicional favorecendo o desenvolvimento do repertório violonístico com sua extensa obra para violão solo. Mesmo não sendo violonista, Marlos Nobre destaca-se por produzir uma obra para violão de tão elevado valor que alguns a julgam como sucessora da tradição villalobiana. Já o pianista, compositor e arranjador Radamés Gnattali conta com mais de onze mil produções, sempre trilhando a fronteira entre a música popular e erudita.

A Temporada da Série Palcos Musicais 2016 é organizada pela Artis Colégium e tem o patrocínio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROMIC), Unimed e John Deere/Horizon. Conta com o apoio da Rádio UEL FM, CBN, SESI, Hotel Crystal, Londrina Convention, Brasiliano e Livraria da Silvia.

Emilia Miyazaki/Asimp

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