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No decorrer deste ano, 37 escolas terão aulas de artes marciais, dança, arte circense, teatro e canto coral, com investimentos na ordem de R$ 530 mil

Alunos do 5° ano da Escola Municipal John Kennedy, do distrito de Guaravera, inauguraram na sexta-feira (4) as aulas de teatro com professores da Fundação Cultural e Artística de Londrina (Funcart). A parceria firmada pela Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Educação, com cinco entidades culturais e esportivas, dentre elas a Funcart, vai beneficiar no decorrer deste ano 2.200 alunos de 37 escolas da zonas rural e urbana da cidade.

Por meio de editais de chamamento público, a Secretaria Municipal de Educação firmou Termo de Colaboração com a Funcart, a Associação Londrinense de Circo (ALC), Instituto Paranaense de Esportes e Cultura (Ipec), Associação Londrinense de Judô e Um Canto Em Cada Canto. Ao todo, serão investidos R$ 530 mil para oficinas no decorrer de 2022, oferecendo aos alunos da rede municipal projetos de artes marciais, dança, arte circense, teatro e canto coral.

Para acompanhar o início das atividades na escola municipal de Guaravera, compareceram a secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, e o diretor da Escola Municipal de Teatro de Londrina, Silvio Ribeiro, que também é um dos fundadores da Funcart; mais os professores de teatro Adalberto Severiano e André Demarchi, que também fizeram uma apresentação para os alunos, interpretando os palhaços Pinduca e Fuleco.

As duas turmas de teatro na Escola Municipal John Kennedy, localizada na Rua Pernambuco, 237, já foram totalmente preenchidas. Os encontros serão sempre às sextas-feiras, das 15h às 17h. Além desta unidade, também haverá aulas de teatro nas escolas municipais Nina Gardemann, Anita Garibaldi, Salim Aboriham, e Profª Mari Carrera Bueno.

A secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, explicou que os projetos culturais e esportivos serão levados às escolas que possuem um desafio maior no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que mede a qualidade do ensino. “São escolas que devem trabalhar bastante para crescer e obter melhores resultados no Ideb. E, também, estão mais afastadas do centro da cidade, porque as escolas próximas a região central têm mais acesso a vários polos de cultura. E são projetos que vão melhorar demais o engajamento do aluno na sala de aula e sua relação com a escola. Crianças que poderiam estar em qualquer outro lugar, mas estarão na escola interagindo uns com os outros. Isso aumenta a vivência na escola e o resultado será extraordinário”, citou.

Além de aproximar os estudantes das oportunidades culturais e esportivas, as oficinas também devem refletir em ganhos para a comunidade externa. “Eles, provavelmente, não teriam como ir ao centro toda semana só para fazer essas aulas. Mas aqui, é impressionante, está lotado de alunos, todos muito animados e na expectativa do que vai acontecer. É uma alegria imensa poder levar, além das ações de aprendizagem, outras experiências para aumentar o repertório de vida dos alunos e proporcionar a eles o que todas as crianças merecem”, enfatizou Moraes.

O diretor da escola, João Quadros de Oliveira, confirmou o grande interesse dos alunos em participar dessas atividades. “A zona rural é uma região em que a comunidade cobra muito, porque não temos parceiros que venham e tragam atividades diferentes. Esse é um momento fantástico, em que as crianças ficarão na escola no período do contraturno, por duas horas, e percebemos muita vontade, é algo novo na vida deles. Contamos que isso será um ganho muito grande, tanto para a escola, como para a comunidade e os estudantes”, frisou.

Duas das alunas que aguardavam, ansiosas, pelo início da aula, eram as estudantes Manuela Nascimento Franco e Maria Eduarda Cremonesi que, mesmo sem nenhuma experiência ou contato anterior com o teatro profissional, estavam empolgadas para aprender habilidades que pudessem utilizar fora das aulas.

Segundo o diretor da Escola Municipal de Teatro, Silvio Ribeiro, as oficinas vão introduzir as crianças no rico universo do teatro para que consigam desenvolver e aprimorar sua percepção do mundo e do outro. “Nessa idade, a gente sempre parte do jogo teatral, onde o aluno aprende a se relacionar, entender o que é conflito e como desvendar esse conflito, ter uma percepção sensorial diferenciada para o mundo. O intuito é apurar a visão, o tato, a audição e, assim, transformar tudo isso em arte e se enriquecer culturalmente”, citou.

Ribeiro acrescentou que nas aulas de teatro as crianças terão orientações para trabalharem melhor os relacionamentos, conhecendo melhor a si mesmos e obtendo mais confiança. “O teatro é uma arte de encontros, e o primeiro e grande encontro é consigo mesmo. É também um trabalho de relacionamentos e de encontro com o próximo, como um jogo sem perdedor. A luta é para que todos ganhem, e essa é a melhor coisa que o teatro pode ensinar para uma criança. Há também a questão de saber se posicionar, falar sem medo; no próximo ano, quando eles forem apresentar algum trabalho em público, vão chegar com mais tranquilidade. A timidez é difícil de perder, mas é possível controlar e nisso o teatro ajuda muito”, acrescentou.

NCPML

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