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Começou ontem, a exposição  " Sonhos e Lembranças ",  no Espaço Cultural Ceddo  (Rua Pernambuco, 725 - Londrina, PR - Fone 3321-4114). É a primeira exposição da artista plástica
Maria De Lourdes Reis.  Sonhos e Lembranças vai até  o dia 20 de dezembro. Entrada franca. De segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Aos sábados, das 8h às 12h.

“Na minha infância todo o contato que tive com arte foi apenas com as imagens estampadas em calendários que recebíamos como brinde de lojas no final de ano.
O meu julgamento intrínseco distinguia entre o feio e bonito, gostei, não gostei. Nessa época a paisagem me atraía e sobrepujava à natureza morta.
Aos dez anos, uma vizinha, que se tornou grande amiga, recém-casada, me convidou para ir a sua casa. Imagine a admiração, quando vi na parede da sala uma tela, pintura a óleo, linda paisagem. Fiquei admirando. E mais extasiada fiquei ao ouví-la dizer: EU QUE FIZ.
Fiquei a pensar como um ser mortal, ali na minha frente teria feito aquela paisagem tão linda, perfeita numa tela. A Ida, me ensinou algumas coisas de artesanato, onde podia imprimir um toque meu, bem pessoal.
Aos dezesseis anos quando cursava Escola Normal (antigo magistério), a professora de Educação Artística explicou brevemente como estilizar flores e objetos usando traços retos que nos levavam ao cubismo. Todas as alunas apresentaram seu trabalho numa tela, o que levou a professora a organizar uma exposição na escola.
O quadro que fiz em óleo com fundo chapado e flores vermelhas esteve entre os dez mais comentados num universo de cinco turmas só de 1º ano e demais turmas.
Qualquer atividade extraclasse que envolvia alguma atividade artística, estava eu lá auxiliando...
Em 1977 fiz alguns meses aula de pintura em tela. Tenho até hoje o ‘PÔR DO SOL’ daquela época. Em função do trabalho, tive que deixar as aulas de pintura.
Durante os anos exercendo a profissão, uma coordenadora perguntou-me o porquê de sempre fazer os “cursinhos” pedagógicos na área artística. Eu simplesmente respondi: “Porque eu gosto. O meu veio artístico”.
Esse veio sempre me seguiu, até mesmo os aniversários de meus filhos sempre tiveram a decoração realizadas por mim; às vezes feitas simplesmente com papéis coloridos e o meu toque especial e diferenciado, até nos enfeites dos bolos.
Só voltei mesmo a embriagar-me em meio a pincéis e deleitar-me com as tintas após ter me aposentado.
Um estudo breve nos caminhos História da Arte me deu uma nova concepção e visão ao olhar para uma tela.
Esse toque diferente a que me refiro continua me acompanhando, quando gosto de uma imagem que vejo na internet ou em uma revista e desejo reproduzi-la numa tela. Várias telas nessa exposição não são totalmente originais, porém têm o meu toque diferenciado do original ou simplesmente as pinceladas.
Gosto de criar, inventar, juntar imagens. Veja no quadro ARCO DA IGREJA. Observando as fotos das ruínas de uma igreja na Alemanha, destruída num bombardeio na 2ª guerra mundial, tomei o arco formado pelo corte dos destroços, incluí no centro um lago também alemão, e aí está o singelo “Arco da igreja”, com muito significado simbólico.
Hoje pinto por hobby. Costumo dizer aos amigos que a pintura é o hobby, o prazer, a terapia, o relax, a grande alegria. Hoje agradeço minha professora Adalgisa Lopes da Silva por todos os ensinamentos.”

Yone Kotinda/Asimp

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