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Algumas considerações sobre o prêmio,ele conta com o patrocínio no PROMIC (Programa Municipal de Incentivo à Cultura de Londrina) e é a expressão do contexto que vivemos. Cabe ressaltar que nosso Coletivo iniciaria, em 2020, um projeto com edições do Quizomba e um trabalho de formação cultural-comunitária no Conj. Cafezal IV, zona sul de Londrina. Veio a Pandemia. Esperamos... Com o agravamento da crise sanitária decidimos nos adaptar, principalmente para fazer com os recursos do Promic chegassemaos trabalhadores da cultura da cidade.

A adaptação do projeto contou com duas ações.  A primeira foi o Quizomba Online, em parceria com o Espaço Nave( https://www.instagram.com/coletivo.espaconave/ ). Garantimos a produção de vídeos de artistas e grupos selecionados em edital do Quizomba(no início de 2020) e suas veiculações em duas edição online (Primeira edição - https://www.youtube.com/watch?v=K58tUF_ypNE&t=310s  e segunda edição - https://www.youtube.com/watch?v=vMWehZuSv-I&t=949s).

A segunda ação é o Premio Quizomba para jovens negres e indígenas.O objetivo central do prêmio é dar visibilidade as trajetórias artísticas-culturais, individuais e/ou coletivas, vinculadas à jovens da periferia, negres e indígenas, que apresentam potencial poético e de transformação social, através do desenvolvimento da percepção, da imaginação criativa, do espírito crítico e de valores éticos e estéticos vinculados à dignidade humana. Nesse sentido, as premiações ampliam o reconhecimento de uma geração emergente de artistas negres e indígenas que atuam em Londrina na valorização e ressignificação das tradições herdadas dos povos indígenas e dos povos africanos escravizados no Brasil. Também temos ciências que os impactos da pandemia são potencializados nas populações indígenas e negras da periferia.

O Coletivo Quizomba teve muita dificuldade para selecionar, dentre 30 inscrições, quatro que seriam contempladas. Na primeira etapa de seleção mantivemos todas as inscrições que atendiam aos parâmetros do edital. Mas, ainda sim havia muita gente na disputa. Na segunda fase eliminamos aquelas trajetórias que estavam mais consolidadas no campo da cultura de Londrina. Dessa forma, jovens artistas com trajetórias impressionantes, (inclusive já premiados) e com propostas contempladas a partir de editais públicos, não foram para a próxima etapa. Foi uma exclusão de cortar o coração. Na última rodada de seleção pesou sobretudo o potencial poético-político dos selecionados para nessa etapa de seleção. Houve consenso inicial em relação aos coletivos que deveriam ser premiados, mas muitas dúvidas em relação aos prêmios individuais. Haviam três ótimas propostas para duas vagas. Porém, em uma das inscrições constava o endereço residencial em Cambé, apesar da pessoa ter estudado na UEL e desenvolver um vibrante trabalho cultural-comunitário em Londrina. As fronteiras da cultura são diferentes das fronteiras políticas...

Para resolver o impasse recorremos ao fundo de reserva do Coletivo (recursos financeiros próprios) e resolvemos conceder um prêmio extra (horsconcours-Fora da competição).

Ou seja, são cinco premiados!

CATEGORIA COLETIVO – R$ 3.000,00

GRUPO NEN'GA

O grupo de dança Nen`ga da Terra Indígena do Apucaraninha, composto em sua maioria por jovens, é um grupo que tem se destacado na luta pela preservação da cultura Kaingang em Londrina. O grupo também está presente na várias frentes de lutas dos povos indígenas pelos seus direitos.

Contatos com o grupo Nen`ga:

Tiago Pyn – E-mail: tiagopyn@gmail.com,

Cel: 43999636148

COLETIVO DONA VILMA YÁ MUKUMBY.

O Coletivo Dona Vilma YáMukumby, é gerido de forma horizontal sem que haja hierarquia entre os membros e as decisões são tomadas por meio de debates horizontais. Formado por pessoas negras, promove atividades artísticas e culturais direcionadas às crianças e jovens negras moradoras do Jardim Nossa Senhora da Paz/Favela da Bratac, além de buscar o bem-estar e a organização dos integrantes, para fortalecimento do próprio coletivo.

Contatos com o Coletivo Dona Vilma Yámukumby:

Bruna Moura - E-mail: coletivodonavilma.ym@gmail.com

Cel:43 98414-1747

https://www.instagram.com/coletivodonavilmaym/

CATEGORIA INDIVIDUAL – 1.500,00

GEOVANA TEIXEIRA

Geovana Teixeira é formanda em Design de Moda na Universidade Estadual de Londrina e desenvolveu o Trabalho de Conclusão de Curso visando incentivar o protagonismo criativo de meninas negras periféricas por meio da moda, mas não se restringindo a ele, com ações sobre seu bairro e moradias. O projeto foi desenvolvido junto ao Coletivo Ciranda, com meninas e adolescentes da Comunidade Nossa Senhora da Paz (Favela BRATAC), em Londrina.

Contatos com Geovana:

geovanatxs@gmail.com,

Cel: 43 999103785,

https://www.instagram.com/gihstagram/

PRISCILA JOHSON

Priscila Sousa Anunciação (Johson) é formanda em Artes Visuais pela UEL, Artista urbana e muralista desde 2014 .O pertencimento à classe trabalhadora de baixa renda e a compreensão da minha identidade de gênero, orientação sexual, étnico-racial e religiosa apontam o sentido do recorte que ela faz em meus trabalhos e o formato que expõesua produção. Os seus trabalhos apontam a relação entre arte e crise, e arte e sociedade a partir do lugar que ocupa dentro dessas camadas sobrepostas de opressão, como mulher lésbica , afrodescendente.

Contatos com Priscila Johson:

E-mail: priscila.johnson92@uel.br

Cel: 43 99620-0110

https://www.instagram.com/plante.murais/

MARIA ALICE OLIVEIRA: @marialicxx

Maria Alice Silva Oliveira, mulher, negra, graduanda em Artes Visuais (licenciatura) na Universidade Estadual de Londrina. Atua profissionalmente como fotografa. Cineasta amadora e artista multidisciplinar, explora a fotografia, a foto-performance, o vídeo e a arte de rua. Compões um coletivo de foto-ativismo na cidade de Londrina, além de integrar o PRATA, coletivo auto organizado de artistas negros da Universidade Estadual de Londrina. Também integra e dirije a produtora independente e coletivo audiovisual LAJE Produções.

Contatos com Maria Alice Silva

E-mail: mariaalice_oliveira_@hotmail.com

Cel: 43 99809-2420

https://www.instagram.com/marialicxx/

É importante ressaltar que ao observar as trajetórias inscritas e premiadas percebemos que todas (os) possuem ou já possuíram vínculos institucionais com a UEL. Isso é um indicador da importância de sistema de cotas, que ao possibilitar o acesso de setores marginalizados da sociedade à Universidade, propicia, não só uma formação individual, mas as também uma mudança nas comunidades em que esses jovens estão inseridos.

Com a concessão de um prêmio extra e a antecipação dos recursos para o grupo Nen`ga, o Coletivo Quizomba aprofunda sua percepção sobre a crise civilizatória na qual estamos imersos, tenciona as formalidades/burocracias que inibem o acesso ao financiamento público para produção e circulação artístico cultural nas periferias, propõe uma resposta coerente, rápida, simples e democrática para responder à crise   e, assim, reafirma seu compromisso com a valorização das culturas de matriz africana e indígena de resistência.

Asimp/Coletivo Quizomba

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