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A intenção de consumo das famílias brasileiras teve mais uma queda em junho e chegou a um novo patamar mínimo histórico, de 68,7 pontos, em uma escala de 0 a 200. Os dados foram divulgados hoje (16) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e apontam uma queda de 1,7% na comparação com maio, e de 25,1% em relação a junho do ano passado.

Segundo a CNC, o resultado de junho é o primeiro em que todos os componentes da pesquisa se encontram abaixo de 100 pontos, o que indica insatisfação. A assessora econômica da CNC, Juliana Serapio, disse que o aumento do desemprego, o alto nível de endividamento e o encarecimento do crédito continuam derrubando o indicador, mesmo com a diminuição da inflação.

A intenção de compra a prazo teve a maior queda quando analisada a comparação junho/maio, chegando a um declínio de 4%. Em relação a 2015, a perda chega a 30,2%. As quedas do Nível de Consumo Atual foram de 2,7% e de 38,1% nas mesmas bases de comparação, e  66,8% das famílias pesquisadas declararam que estão consumindo menos do que no ano passado.

O indicador Momento para Duráveis, que reflete a avaliação sobre a possibilidade de adquirir bens como automóveis, registra o menor patamar da pesquisa, de 42 pontos. Em relação a junho do ano passado, o indicador caiu 35,8%, e, ante maio deste ano, a retração foi de 2,1%.

Segundo a pesquisa, cerca de três quartos das famílias brasileiras (76%) consideram que o momento atual é desfavorável para comprar esse tipo de bens.
As perspectivas de consumo também tiveram queda de 1,5% em relação a maio e de 34,8% ante junho do ano passado.

Emprego

A parte da pesquisa que avalia o Emprego Atual caiu para menos de 100 pontos pela primeira vez nos dados divulgados hoje, com 99,4 pontos. Houve queda de 0,8% em relação a maio e de 13,7% na comparação com junho do ano passado. Pouco mais de um quarto das famílias brasileiras (28,3%) se sente mais seguro no emprego atual. As perspectivas para o mercado de trabalho também pioraram, com queda de 0,1% na comparação mensal e de 13,6% ante junho do ano passado.

A CNC divulgou, ainda, que mantém sua previsão de que o varejo restrito terá retração de 4,8% em 2016, já que há perspectiva de que a inflação evolua de forma mais favorável. Por outro lado, a CNC piorou a projeção para o varejo ampliado, aumentando a previsão de queda de -8,8% para -9,4%. O varejo restrito exclui as vendas de materiais de construção e de automóveis. Apesar disso, a CNC afirma que a pesquisa de junho mostra que os componentes ligados às perspectivas tiveram recuos mais baixos, o que significa que as expectativas para os próximos meses devem melhorar.

Informações Agência Brasil

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