Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

No acumulado desde janeiro o resultado é quase estável, com pequena queda de 0,2% em relação a igual período de 2019

O Paraná concentra na venda de alimentos para a China sua principal atividade e comércio exterior. Essa é a conclusão dos especialistas quando analisam o resultado mensal e acumulado do ano na pauta de exportações do estado. Nos dados divulgados esta semana pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, referentes a julho, o estado exportou US$ 1,48 bilhão e importou US$ 962,3 milhões. O saldo da balança comercial paranaense ficou em US$ 515,7 milhões. Desde janeiro, as exportações somam US$ 9,554 bilhões e as importações US$ 6,07 bilhões. O saldo acumulado está em US$ 3,49 bilhões.

O produto mais vendido este ano foi soja e o principal destino foi a China. O grão representa um terço de tudo que o estado comercializou fora do país em 2020 (US$ 3,44 bilhões). Em julho, foram US$ 451,5 milhões em valores de soja exportada, sendo US$ 406,3 milhões somente para o país asiático. A soja também representa 81% de todas as exportações do estado para a China. O segundo maior parceiro é os Estados Unidos.

Na comparação com o mês passado, houve crescimento de 4,4% nas exportações do Paraná em julho. Já o resultado acumulado desde janeiro é de pequena queda de 0,2% nas vendas externas do estado em relação a igual período de 2019. Os indicadores são melhores que os nacionais. O país registra queda de 6,7% nas exportações, de janeiro a julho, frente a igual intervalo de 2019.

Mesmo diante da forte crise que estamos atravessando as exportações do estado têm se mantido estáveis no ano, o que já é um bom resultado. “O momento desafiador desse período de pandemia rendeu aprendizados e nos mostra que o caminho para uma recuperação da indústria passa pela atividade de comércio exterior. Mas para isso é necessário que as reformas que podem nos garantir maior competitividade no cenário internacional, como a tributária, saiam do papel. Também é importante diversificarmos nossa pauta de exportações, oferecendo produtos de maior valor agregado, além de explorar novos mercados”, analisa Reinaldo Tockus, gerente executivo de Relações Institucionais e Assuntos Internacionais da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).

“Como o Paraná tem como base de exportações alimentos (soja e carnes) para a China, que tem real necessidade de consumo desses produtos, o estado não sentiu fortemente os impactos da pandemia”, avalia o economista da Fiep, Marcelo Alves. Já as importações de produtos sofreram mais com as consequências da crise. “Houve queda acentuada na importação de produtos químicos, fertilizantes, componentes para o setor automotivo e de insumos utilizados na indústria, já que muitos segmentos foram totalmente paralisados na segunda quinzena de março e somente agora começam a retomar  suas atividades”, conclui.

Asimp/Fiep

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.