Segundo o indicador do Sistema de Proteção ao Crédito da ACIL (SPC/ACIL), os dados de janeiro mostram que a quantidade de consumidores que não conseguiram quitar seus débitos e tiveram seu nome inscrito no cadastro de inadimplentes teve elevação de 61% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
O consultor econômico da ACIL, Marcos Rambalducci, destaca que, com um otimismo maior e o nível de consumo represado em função das restrições sanitárias impostas pela COVID-19, as famílias foram às compras em uma proporção recorde e, como resposta a este maior endividamento, vemos números maiores de tomadores de crédito que não conseguiram quitar seus compromissos financeiros na data do vencimento, levando-os à inadimplência e tendo seu nome negativado junto ao SPC.
Por outro lado, segundo Rambalducci, o número de consumidores que estavam na lista de devedores, conseguiram limpar o nome e voltar a constar no cadastro positivo, subiu em 9% no mês de janeiro em relação a janeiro de 2021, um reflexo de que a geração de postos de trabalho está fazendo com que consumidores inadimplentes venham a quitar dívidas que ficaram pendentes de um ano para o outro.
"De qualquer forma, o nível elevado de comprometimento da renda familiar acompanhado das despesas maiores - próprias dos primeiros meses do ano -, deve continuar afetando a capacidade dos consumidores de conseguir seu equilíbrio financeiro neste primeiro trimestre, o que deve se refletir no aumento da inadimplência neste período", pontua.
Juliana Felis/Asimp/ACIL
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