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O salário médio do menor aprendiz no Paraná é o maior do Sul e do Sudeste do País. Com um rendimento médio de R$ 720,49 em fevereiro, o menor trabalhador paranaense recebeu 28,6% mais do que a média nacional, de R$ 560,46. Os dados, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e do Emprego, mostram que o Paraná está à frente até mesmo de São Paulo, maior empregador do País, onde a remuneração dessa categoria está em R$ 719,12. 

O Estado também é o que apresenta maior crescimento do salário nas duas regiões. Em relação a fevereiro do ano passado, houve um avanço de 18,8% no valor pago ao menor aprendiz. O Paraná ficou à frente de Estados como Espírito Santo, com crescimento de 10,4% (para R$ 445,23) e Rio Grande do Sul, com incremento de 10,6%, para R$ 490,69. 

“A valorização salarial no menor aprendiz mostra que as empresas paranaenses, de maneira geral, estão interessadas na contratação e formação de seus futuros empregados”, diz Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes). 

Quando contratado como aprendiz, o jovem, de 14 a 18 anos, além de receber salário, tem direito à jornada reduzida e a um contrato de aprendizagem e formação técnico-profissional. A validade do contrato de aprendizagem é anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social. Por lei, o contrato não pode ser superior a dois anos e prevê controle de matrícula e frequência do jovem na escola. Suzuki Júnior lembra que esse tipo de contratação ajuda o jovem a ter um ofício e aumenta a inserção no mercado de trabalho. De acordo com ele, a ausência de um ofício é, geralmente, um dos principais problemas para o adolescente conquistar uma vaga. “Por isso que as taxas de desemprego costumam ser mais altas entre a população de menor faixa etária”, afirma. 

Com a crise econômica, mais jovens também têm procurado o mercado de trabalho para completar a renda familiar e o salário mais alto é mais um fator positivo, de acordo com o economista. 

O Paraná tinha, no fim do ano passado, cerca de 140 mil jovens ocupados entre 14 a 17 anos. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, medida pelo IBGE referente ao quarto trimestre de 2015. 

AEN

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