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Estado tem o maior índice de endividamento do país segundo CNC e Fecomércio PR

O número de famílias paranaenses com algum tipo de dívida se manteve estável em novembro, na comparação mensal, segundo a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). O percentual de endividados ficou em 87,4% em novembro, praticamente o mesmo registrado em outubro, com 87,5%. Houve leve aumento em relação a novembro do ano passado, quando o índice era de 86,1%. Em novembro de 2014, 24,3% dos endividados estão com contas em atraso, ante 23% em outubro e 26,5% em novembro de 2013.

Os paranaenses continuam com o maior índice de dívidas do país. O percentual nacional ficou em 59,2% em novembro, mostrando queda pelo terceiro mês consecutivo. Porém, de acordo com o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, esse não é um indicador totalmente negativo. “A população paranaense possui o maior índice de dívidas, o que não significa que está inadimplente, a preocupação aparece quando observamos as pessoas incapazes de pagar pelos produtos que compraram. O Paraná é um Estado próspero, com a quinta maior renda per capita do país, o que dá segurança aos consumidores para parcelarem suas contas ou adquirir débitos a longo prazo, pois sabem que terão condições de arcar com seus compromissos financeiros”, explica.

Entre os endividados, 24,3% estavam com contas em atraso. Entre estes, 10,8% acreditavam que não terão condições de pagá-las. O tempo médio de atraso das dívidas das famílias foi de 65 dias.

O número de famílias muito endividadas ficou em 24,9%, em comparação aos 24,5% em outubro e os 19,4% em novembro de 2013. A parcela média da renda comprometida com dívidas foi de 31,5% do orçamento das famílias.

O cartão de crédito continua sendo o principal tipo de dívida, com 64,7%, percentagem inferior aos 66% registrados em outubro e aos 72,8% em novembro do ano passado. Outras fontes de dívidas são os financiamentos de veículos (12,5%), financiamentos imobiliários (10,3%), carnês (6,2%), crédito pessoal (3,4%) e crédito consignado (1,8%). Verificam-se algumas peculiaridades entre as duas faixas de renda pesquisadas. O uso do cartão de crédito é mais frequente entre as pessoas com rendimentos acima de dez salários mínimos, com 68,7%, na comparação com aqueles que recebem até dez salários, com 63,9%. Entre a classe C, D e E as dívidas em carnês (7,1%) e crédito pessoal (3,8%) são maiores do que nas classes A e B, com 2%, 1,3%, respectivamente.

Intenção de consumo voltou a subir em novembro

Com a chegada do fim do ano, os consumidores paranaenses começaram a se mostrar mais dispostos a gastar. A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), também elaborada pela CNC e pela Fecomércio PR, apontou aumento na intenção de consumo no mês de novembro. Neste mês, o indicador ficou em 135,3 pontos, três a mais do que no mês anterior, que marcava 132,3 pontos. Porém, ainda foi bem menor do que a ICF de novembro do ano passado, quando estava em 145,1 pontos, uma diferença de quase de dez pontos a menos.

Karla Santin/Asimp/Senac

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