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Volume de negócios entre os países chegou a quase US$ 90 bilhões em 2013 e tende a aumentar com fim de restrições à carne bovina

As reuniões entre Brasil e China, ontem, 17, finalizaram 32 acordos entre os países, dentre eles, importantes parcerias comerciais.

O Brasil tem na China seu principal parceiro desde 2009, com um volume de negócios que chegou a quase US$ 90 bilhões em 2013. Este valor deve crescer ainda mais com o levantamento do embargo e disposição de compra de carne bovina pela China.

Sobre a exportação de carne, o diretor de Assuntos Corporativos da Brasil Foods, Marcos Jansk, destacou a complementariedade que existe entre os dois países e o potencial de aumento nas exportações para o parceiro comercial.

“Quase metade do que se vende para a China é agronegócio, mas eu diria que quase 80% é soja, e nós temos a chance agora de adicionar mais valor aos nossos produtos através de proteínas animais, de carnes. Então, ao invés de a gente estar exportando US$ 500 por tonelada, nós podemos chegar a 2, 3, 4, até US$ 5 mil por tonelada, a partir da exportação da proteína. (…) Da mesma forma que a China hoje vai fazer novos investimentos na logística brasileira, nós também achamos que existe uma perspectiva muito grande nas proteínas, não só para eles estarem aqui conosco, mas para nós estarmos lá com eles, chegando ao consumidor através de novos canais e através de marcas fortes brasileiras”, avaliou o diretor.

Durante a reunião, a presidenta Dilma destacou a necessidade de diversificar e agregar valor às exportações e investimentos brasileiros relacionados à China. Ela citou como exemplo importante a venda de 60 aeronaves da Embraer. Frederico Fleury Curado, presidente da fabricante de aviões, falou sobre os contratos assinados durante a cerimônia.

“Nós assinamos hoje dois contratos: um de 40 aeronaves, com uma empresa que já é cliente nossa, chamada Tianjin Airlines; e outro de 20 aeronaves com uma empresa que na verdade é uma empresa de leasing, que é do maior banco chinês, que é atualmente o maior banco do mundo, que chama-se ICBC. (…) É muito importante que na pauta bilateral Brasil-China nós tenhamos agora também que além das commodities, além de minérios, além de soja e produtos agrícolas, o Brasil também possa exportar para a China produtos com alto valor agregado. Então eu acho que é uma contribuição grande para o País na qualidade da balança comercial”, declarou.

Outro setor que apresenta grandes oportunidades de aumentar o valor agregados das exportações ao país asiático, é o de serviços. Essa é a avaliação de Luigi Nese, presidente da Confederação Nacional de Serviços. Ele ressaltou a experiência do Brasil em informatização bancária como geradora de oportunidades de negócios.

“Na área de tecnologia bancária (…) nós temos uma expertise muito grande aqui no Brasil, o sistema financeiro brasileiro é um dos melhores informatizados do mundo e podemos ter condições de implementar isso na abertura de mercado que eles estão fazendo agora, implementando o setor financeiro dentro da China, inclusive para financiamento de varejo, etc. (…) Além disso, nós gostaríamos também de fazer um implemento de turismo. Nós hoje no Brasil temos seis milhões de pessoas que vêm ao Brasil, e são apenas seis milhões de pessoas que veem as belezas naturais do País, e nós gostaríamos que pelo menos 0,1% dos chineses viessem todos anos aqui no Brasil, o que já seria mais 1,5 milhão de pessoas a mais que entrariam no País. E mostrando que o Brasil tem 68% do PIB é serviço e na China hoje tá 45% do PIB, e eles nos próximos 10 anos querem chegar a 60% do PIB. Então vamos crescer juntos”, afirmou Nese.

Portal Brasil

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