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O aluno do Ensino Médio do Colégio Londrinense, João Américo Macori Barboza foi finalista da 15ª Febrace – Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, realizada no mês de março em São Paulo com o projeto “Aumento na produção agrícola a partir da utilização de gás carbônico no tratamento de sementes”, sob orientação dos professores Murilo Bernardi e Alana Séleri.

João Américo ficou em 4º lugar na categoria Ciências Agrárias, mas o grande prêmio veio depois. “A organização do evento anunciou que o projeto que participaria em 2018 da ISweeep, a maior feira de ciências do mundo com foco em recursos renováveis, seria o nosso. A gente não sabia se subia para receber o prêmio, se chorava ou se abraçava”, relembra João Américo.

O ISweeep – International Sustainable World Project Olympiad, ocorrerá em Houston, Texas, em maio de 2018. “O trabalho do João Américo é o único projeto de Londrina, e um dos seis representantes de todo o Brasil em uma feira de sustentabilidade mundial. Estar entre eles é algo muito gratificante, o sentimento é inexplicável”, conta o professor orientador Murilo Bernardi.

Resultados reveladores

O desejo de diminuir a poluição e de acabar com a fome no mundo formaram a base do projeto deste jovem de 16 anos, estudante do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Londrinense. Quando começou a pesquisa, João Américo tinha 12 anos e nesses quatro anos de pesquisa, os resultados foram reveladores.

“Atualmente estamos trabalhando com duas sementes: a criola - a semente da forma que o produtor colhe, ensaca e vende; e a semente de cooperativa, que recebe tratamento químico. Fizemos o tratamento com o gás carbônico na semente criola para comparar o crescimento das duas e descobrimos que, matematicamente, o tratamento com o gás carbônico cresce igual ao tratamento das sementes de cooperativa, mas sem aditivos químicos, de forma orgânica”, explica o professor Murilo.

Os resultados foram apresentados na Febrace em março, e rendeu o 4º lugar em Ciências Agrárias e a participação na feira nos Estados Unidos em 2018. “Já tínhamos participado da feira com bons resultados, mas quando chegamos este ano com os resultados, gráficos, comprovações estatísticas e tudo mais, foi muito bom. Agora o trabalho tá caminhando pro final mesmo, conseguimos eliminar a maior parte da variáveis e tivemos resultado de campo, comprovamos estatisticamente, então o resultado foi muito gratificante”, avalia João Américo.

Além da pesquisa

Orientador da pesquisa desde o início, o professor Murilo Bernardi observa os benefícios que a pesquisa do jovem aluno pode proporcionar para todos. “Se me dissessem para orientar uma pesquisa durante quatro anos eu ia falar que é muito tempo, mas vendo aonde chegamos, acompanharia mais quatro anos, porque não se trata somente de desenvolver uma pesquisa, mas de aumentar a produtividade, diminuir poluentes, esse estudo comprovando tudo isso, cientificamente.”

Além da participação de estudantes em eventos como a Febrace, o professor ressalta a importância da participação para a própria formação como cidadãos. “A gente percebe uma mudança de consciência nos alunos. De olhar para um problema e tentar resolver, de ter um pensamento crítico sobre tudo. Percebemos que, independente da área que seja a pesquisa ou o questionamento, eles começam a ter uma visão diferente sobre o mundo. Uma visão crítica. Esse é o grande ponto que precisamos hoje. Mudar a forma de ver dessas crianças e desses jovens, para que eles possam mudar o futuro.”

Asimp/Colégio Londrinense

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