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Alunos foram avaliados individualmente e em grupo durante os oito dias de evento que teve a participação de 45 equipes de 41 países

Quatro estudantes brasileiros do Ensino Médio ganharam menções honrosas pelo alto desempenho individual na 9ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica, na cidade de Magelang, na Indonésia. Os alunos foram avaliados individualmente, em provas de teoria, observação e análise de dados, e em grupo, para a escolha da melhor equipe. A competição ocorreu entre os dias 26 de julho e 4 de agosto com a participação de 45 equipes de 41 países. O grupo brasileiro ficou em 20º lugar na prova entre times.

Os alunos Carolina Lima Guimarães, de Vitória; Felipe Roz Barscevicius, de Sorocaba (SP); João Paulo Krug Paiva, de Curitiba; e Yassin Rany Khalil, de Primavera do Leste (MT), conquistaram menções honrosas. O grupo ainda contou com o estudante Pedro Henrique da Silva Dias, de Porto Alegre, e os líderes Gustavo Rojas, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e Eugênio Reis, do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast/MCTI).

“Foi uma experiência incrível. Sempre foi um sonho participar de uma olimpíada internacional. Participo da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica desde os oito anos”, conta Carolina, logo após o desembarque em São Paulo, na noite dessa quarta-feira (5). Ela tem 18 anos e estuda no Instituto Federal do Espírito Santo. Carolina disse que sempre gostou e leu sobre o tema, mas intensificou os estudos no ano passado, depois de ser selecionada para a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia.

Testes

O físico Gustavo Rojas, pela quarta vez líder na competição, comemora o resultado e destaca que este ano nem metade dos países recebeu a menção concedida a quem tira acima de 50% nas provas individuais. “E, se comparada a olimpíadas anteriores, a de 2015 teve um nível maior de dificuldade nas provas. O Brasil se destacou”, disse, ao acrescentar que o teste mais interessante este ano foi a construção de um telescópio. “Os alunos receberam um kit com os componentes para um telescópio de baixo custo. Tiveram que montar e depois usar o aparelho na prova de observação da geografia da Lua.”

Preparação

O processo seletivo para a Olimpíada Internacional começa com a nota na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), aberta a alunos de escolas públicas e particulares dos Ensinos Fundamental e Médio. “Dos cerca de 100 mil participantes [da OBA], os 2 mil melhores são selecionados”, explica o estudante. A segunda etapa inclui testes pela internet e uma prova final presencial, em que são escolhidos os cinco jovens para representar o País.

Os selecionados passaram por treinamentos intensivos para aprender a operar telescópios e a construir foguetes e bases de lançamento. Este ano, desde abril, estudaram com especialistas do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, da Universidade de São Paulo e do Laboratório Nacional de Astrofísica, em Brasópolis, Minas Gerais. A última atividade foi um encontro no Planetário Johannes Kepler, em Santo André, São Paulo, para testar os conhecimentos sobre os astros em simulações semelhantes às que encontraram na Indonésia.

A próxima edição da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica será na Índia em dezembro de 2016.

Agência Brasil

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