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Os professores da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Augusto Foggiato e Douglas Fernandes, do curso de Odontologia, desenvolveram uma ferramenta para realizar a desinfecção de materiais usados em atendimentos odontológicos. A patente, divulgada recentemente pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), é a primeira desenvolvida em parceria por docentes do curso de Odontologia da UENP.

Os estudos que deram origem ao projeto são parte do doutorado do professor Foggiato na Faculdade de Medicina e Odontologia São Leopoldo Mandic, de Campinas. O professor Douglas Fernandes auxiliou no desenvolvimento do processo biológico do projeto.

A ferramenta desenvolvida pelos docentes da UENP, a terceira patente de autoria de Foggiato, é uma versão melhorada de um outro produto já desenvolvido pelo professor durante seu doutorado - uma caixa para inativação biológica usando a tecnologia PDT (Photodynamic Therapy - Ou Terapia Fotodinâmica, em Português). “Quando eu descobri que esse produto poderia ser aprimorado, eu convidei o Douglas para desenvolver a parte biológica e microbiológica comigo, que é esta última patente divulgada”, disse o professor.

A ideia desta ferramenta é usar a luz em determinadas intensidades e durações para matar quase 100% das bactérias e microorganismos nocivos ao ser humano e que estão presentes em instrumentos odontológicos antes da utilização em procedimentos.

O diferencial do uso do PDT é a redução de custos em relação ao método tradicional, com autoclave. “Em um aparelho de autoclave, gasta-se entre R$ 2 mil e R$ 3 mil reais, além do consumo de energia. A caixa que usa a luz não custa nem R$ 100 e pode ser operada com baixa voltagem e baixa amperagem. Além da redução de custos, que populariza o acesso, essa ferramenta pode ser operada com baterias, permitindo sua utilização mesmo em lugares remotos, sem acesso à energia elétrica”, acentua.

Outra das ferramentas desenvolvidas por Foggiato é um alicate para a remoção de braquetes (peças de aparelho ortodôntico). O diferencial deste instrumento é a inédita barreira distal, que impede que o braquete escape na hora da remoção e vá para a garganta do paciente, evitando que ele engula a peça.

“Quando juntamos esforços, acabamos conseguindo nos centrar e desenvolver um projeto que trouxe benefícios para todo mundo. Como docente, para mim a experiência foi ótima, pois sempre acabo aprendendo um pouco mais, pegando informações com alunos, pacientes, bases de artigos e outros textos, conseguindo devolver para a comunidade. Já estamos desenvolvendo mais projetos e, no futuro, essa união ainda vai dar mais frutos”, ressalta o professor Douglas Fernandes.

Tiago Angelo/Asimp/UENP

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