Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

Pesquisadores do Instituto de Energia e Ambiente (IEE), da Universidade de São Paulo (USP), pretendem aproveitar a experiência da UEL na pesquisa e na geração de Energia Elétrica a Biogás para a instalação de uma unidade semelhante no Campus Butantã, em São Paulo, por onde circulam cerca de 100 mil pessoas/dia. 

O reitor da UEL, Sérgio Carvalho, recebeu nesta terça-feira (18) a visita dos professores Ildo Luís Sauer e Hedio Tatizawa. Também participou do encontro a pesquisadora Samantha Christine Santos, que integra um grupo de pesquisa ligado à Fundação de Apoio à USP, e o prefeito do Campus da UEL, professor Gilson Bergoc.

A vinda a Londrina teve o objetivo de conhecer a Unidade Geradora de Energia Elétrica a biogás, localizada na Fazenda Escola, no Campus Universitário.  Assim como a UEL, a USP foi contemplada em chamada pública dentro do Programa de Eficiência Energética da ANEEL, para projetos de Eficiência Energética Prioritário (PEE) e de Pesquisa e Desenvolvimento Estratégico (P&D). No caso da Universidade paulista, por meio da Eletropaulo foram investidos R$ 6 milhões para o desenvolvimento e construção de Usina Fotovoltaica e de Biogás. Os recursos também contemplam troca de equipamentos.

Os pesquisadores explicaram que o contrato com a empresa responsável pela construção do biodigestor foi assinado esta semana. A empresa é de Londrina, a mesma que construiu a unidade da UEL.  "Viemos ver o que aconteceu, o que deu certo e o que é preciso ter cautela", afirmaram.

Economia - A expectativa é de que o biodigestor possa viabilizar energia, que atualmente custa à USP cerca de R$ 30 milhões/ano. Com a construção da unidade geradora de energia elétrica a biogás, será produzido energia para abastecimento próprio. A capacidade do biodigestor é de 400 m³, dez vezes maior ao que foi construído no Campus da UEL, que utilizará resto de alimentos e podas de árvores.

Além da economia de energia, outro ponto destacado é a destinação dos resíduos orgânicos. Com a biodigestão, por exemplo, os resíduos orgânicos não são levados para os aterros sanitários, o que evita a produção do chorume - um dos principais poluentes do lençol freático. Além disso, fósforo, potássio e nitrogênio são devolvidos para natureza. "O substrato residual é muito rico, não é só lixo, como algo pejorativo, é resíduo orgânico, biomassa", afirma Samantha Santos.

Pesquisadores conhecem biodigestor, localizado na Fazenda Escola

Segundo o professor Ildo Sauer, a grande carência da saúde pública no Brasil é relacionada ao saneamento básico e ao tratamento de resíduos urbanos, como resto de alimentos, podas e esgoto doméstico. Por isso, ele destaca que a atividade desenvolvida dentro da Universidade é um projeto de referência para os municípios. "Desenvolvemos tecnologia e usamos isso como laboratório. Além da pesquisa e redução dos custos, damos resposta para a sociedade", afirma. Em resumo, ele define a ação como "gerar energia e limpar as cidades".

Para o prefeito do Campus Gilson Bergoc, que está à frente das ações do Projeto de Eficiência Energética na UEL (Chamada Pública COPEL VPDE 001/2017), é uma honra receber os pesquisadores da USP no Campus, para apresentar o que já foi feito na Universidade, e isso também abre possibilidades de intercâmbio entre as instituições. 

Participaram também do encontro no Gabinete, a chefe de gabinete Lisiane Freitas de Freitas, e os pesquisadores da Pós-graduação em Engenharia Civil, Maurício Aparecido Bortoloti e Adriana Zemiane.

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.