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Programa de compostagem de lixo orgânico conscientiza crianças de escolas municipais sobre descarte e decomposição de alimentos, além de estimular os hábitos saudáveis

Com a finalidade de tornar a escola um ambiente sustentável, ensinando às crianças a importância da reciclagem para a preservação da natureza, algumas escolas municipais de Londrina desenvolvem programas de compostagem de lixo orgânico que é produzido nas unidades escolares.

Um exemplo é a Escola Municipal Hélvio Esteves, localizada no Jardim Belleville, na região norte, que foi inaugurada pela Prefeitura de Londrina em 2013. Desde que começou a funcionar, a escola mantém o projeto “Ambiente e Investigação”, que estimula crianças do 1º ao 5º ano a cuidarem do meio ambiente e a manterem hábitos saudáveis. Dentre as atividades realizadas, está o projeto de compostagem de restos de merenda, que são reaproveitados pela própria escola com o objetivo de amenizar o impacto ambiental.

A professora Sueli Martins Cardador, responsável pelo projeto, disse que os alunos acompanham e participam do processo, que consiste em duas etapas. Na primeira, o lixo orgânico vai para um minhocário, local onde o composto orgânico produzido é transformado em húmus, que melhora a capacidade de absorção do solo para o cultivo. A segunda parte envolve a composteira, onde os resíduos são transformados em adubo orgânico.

O material orgânico resultante da reciclagem vai para a horta e jardim da escola, espaço utilizado para o plantio de flores e verduras. “Os alunos aprendem a preservar o meio ambiente, tendo noções sobre decomposição, descarte correto de alimentos e alimentação saudável”, explicou Sueli.

A Escola Municipal Professor Carlos da Costa Branco, que fica no Jardim Piza, região sul, também possui uma composteira, desde 2014, para a reutilização de lixo orgânico. O diretor da escola, Amauri Cardoso, contou que cerca de 520 alunos acompanham as atividades desenvolvidas, que ocorrem todas as sextas-feiras em parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL). “O objetivo principal da compostagem é fazer com que a escola extrapole os limites da sala de aula e possa se tornar um ambiente alfabetizador em todos os sentidos. Isso inclui abrir horizontes e transformar o espaço de educação também em um local sustentável como um todo. Os alunos também podem aplicar o conhecimento em suas casas”, ressaltou.

Parte do composto orgânico oriundo do processo de reciclagem é destinada ao jardim da escola, onde os alunos plantam flores e ajudam na manutenção. Futuramente, será utilizado em uma horta, que já existe na unidade. O restante do material é repassado ao viveiro de mudas do Parque Ecológico João Milanez, que fica na região sul, em parceria com a Secretaria Municipal do Ambiente (Sema).

A professora do Apoio Pedagógico de Ciência da Secretaria Municipal de Educação, Cristina da Silva Borba, enfatizou que as atividades vão além da educação ambiental. “De forma interdisciplinar, as escolas trabalham o tema da preservação da natureza e da reciclagem utilizando diversos sentidos. É possível aplicar, por exemplo, conceitos de ciências, matemática e geografia para explicar o processo”, afirmou.

NC/PML

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