Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

A Câmara dos Deputados analisa Projeto de Lei 5100/16 do deputado Luiz Carlos Hauly que obriga as instituições federais de ensino superior a ofertar anualmente, para novos alunos, um número de vagas no primeiro ano três vezes maior que o definido para acesso ao segundo ano dos cursos de graduação. A seleção dos calouros no primeiro ano será feita com base na média das notas obtidas pelos candidatos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e na prova específica de acesso aos cursos escolhidos. Para Hauly, essa proposta maximiza o potencial das instituições porque só um percentual de alunos ingressantes conclui de fato os cursos.

Ao final do primeiro ano, a ordem de classificação dos alunos aprovados definirá o preenchimento das vagas definitivas de acesso aos respectivos cursos de graduação. Ainda segundo a proposta de Hauly, os alunos que completarem o primeiro ano com nota igual ou superior a 60 pontos, em uma escala de 100, em cada disciplina cursada e que não obtiverem classificação suficiente para ingressar nos cursos de graduação terão direito a certificado de conclusão da primeira etapa de curso superior e histórico escolar descritivo do período. Esses documentos poderão ser apresentados para ingresso no segundo ano do curso de outra instituição que tenha vaga.

Democratização do ensino

Segundo Luiz Carlos Hauly, o objetivo do projeto é democratizar o ensino superior a partir do aumento de vagas por candidato no ano inicial, da redução da evasão, da facilitação da escolha profissional, da valorização do mérito e da maximização do potencial instalado das instituições públicas federais de ensino superior. Ele lembra que o método proposto foi implantado em 1998 no curso de graduação em Matemática da Universidade Federal do Espirito Santo (Ufes).

“A partir da conclusão da primeira turma e da comparação com as experiências dos cinco anos precedentes, os dados estatísticos evidenciaram o sucesso da iniciativa. No campus de Vitória, a relação candidatos/vaga, que nos cinco anos anteriores à implantação do sistema era de 3,65/1, passou para 13,26/1. Houve um acréscimo de 263%. A evasão, que do 1º para o 2º semestre letivo chegava a 60%, caiu a zero com o novo sistema”, relata Hauly.

O deputado acredita que a proposta, estendida para todas as graduações do País, será mais motivadora para os alunos e professores, permitindo maior tempo de amadurecimento e mais oportunidade de comprovação de mérito dos alunos mais pobres. “Além disso, com o novo sistema, há chance de corrigir o problema da escolha profissional precoce, muitas vezes”, diz ainda Hauly.  Mesmo que desistam da escolha inicial, acrescenta, os estudantes terão mais facilidade de ingressar em outro curso.

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.