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Uma pesquisa realizada pela consultoria especializada IDC Brasil mostra que o Brasil está passando por um grande processo de expansão tecnológica. Os investimentos na indústria de software brasileira mostram que os Estados do Sul e Sudeste concentram 78% do total, conforme dados da Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) divulgados em 2014.

No ano passado, 79% das empresas de Tecnologia da Informação (TI) do País registraram crescimento.  Dentro desse cenário, o Paraná teve amplo destaque, com crescimento acima da média nacional. Por aqui, 82% das empresas expandiram no ano passado, de acordo com o Censo da Federação das Associações da América Latina, Espanha, Portugal e Caribe de Entidades de Tecnologia da Informação (Aleti).

Num cenário tão promissor, o grande problema é a falta de mão de obra qualificada. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a dificuldade em encontrar pessoas com domínio de ambientes de desenvolvimento de linguagens é o principal problema enfrentado pelas companhias do segmento. Uma reportagem feita pelo jornal O Estadão, em 2013, previa que este ano a demanda por profissionais no campo de redes e conectividade triplicaria. 

De acordo com o professor Hans Muller, coordenador do curso de Engenharia Elétrica e Redes de Computadores da Faculdade Pitágoras, Londrina, não faltam cursos nesta área. O que existe é uma evasão muito grande das salas de aula, mais de 80% segundo a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação – Brasscom. Segundo Muller, isto ocorre por diversos fatores: “A falta de perfil em tecnologia, as expectativas não realistas com relação aos cursos de TI, que vão muito além do interesse por tecnologia e ainda a falta de base matemática na escola regular, já que o curso envolve matemática avançada". 

Assim, uma dica do professor para os alunos que querem seguir nesta área é aprimorar seus conhecimentos em matemática e inglês. “Essas duas disciplinas são muito importantes para os cursos de TI. A matemática é a base da computação. O inglês se faz necessário devido aos termos e à bibliografia, que na sua maioria vem neste idioma”, explica.

Outro fator importante é investigar bem o curso escolhido. As principais opções na área de TI, atualmente, são Sistemas de Informação, Ciências da Computação, Engenharia de Software, Engenharia da Computação e Redes de Computadores. O professor Muller explica que todos são cursos de graduação em nível superior, sendo que Engenharia da Computação tem duração mínima de 10 semestres e forma engenheiros. Os cursos de Redes de Computadores e Análise e Desenvolvimento de Dados têm duração mínima de 5 a 6 semestres e formam tecnólogos.

Nos nove municípios da região de Londrina existem 1,7 mil empresas de Tecnologia da Informação e a cidade é responsável por 50% de todos os certificados digitais emitidos no Paraná. Se Londrina fosse um estado, ela seria o quinto do país em criação de novos softwares, confirmando um mercado favorável para os profissionais de TI. “As áreas mais promissoras estão na Engenharia de Software, Engenharia da Computação, Administração de Banco de Dados, Engenharia de redes, Desenvolvimento de Projetos de TI e Desenvolvimento de Aplicações Mobile”, destaca o professor.

Phoenix Finardi Martins/Asimp

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