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Projeto levou gestores de universidades e faculdades a Boston para conhecer polo que congrega conceituadas e inovadoras instituições de Ensino Superior

Um grupo com 25 gestores de instituições de Ensino Superior de diferentes regiões do Paraná participaram, este mês, da primeira Missão Técnica de Imersão no Ecossistema de Universidades Empreendedoras realizado em Boston (Massachusetts), nos Estados Unidos. A missão integrou o Programa Educação Empreendedora do Sebrae/PR e promoveu o intercâmbio de informações para alavancar projetos desenvolvidos por instituições, além de incentivar o empreendedorismo nas universidades paranaenses.

De acordo com a coordenadora estadual de Educação Empreendedora, Rosângela Angonese, foi uma oportunidade de inspirar as instituições do Estado para desenvolverem projetos estruturados e dinâmicos como os que foram apresentados pelas universidades dos Estados Unidos. “Visitamos instituições que são referências mundiais de ensino, principalmente nas áreas de tecnologia e inovação, e pudemos trocar experiências e conhecimento que servirão para nortear iniciativas aqui no Brasil”, resume.

A consultora também conta que a viagem serviu para que todos pudessem entender melhor as razões do empreendedorismo de lá ser tão bem-sucedido, gerar negócios inovadores e milhares de empregos, bem diferente do que ocorre no Brasil. “Os alunos estudam muito, são extremamente dedicados e desejam empreender. Apesar de utilizarem metodologias similares às utilizadas aqui, contam com fatores extremamente favoráveis ao desenvolvimento de seus projetos, como disponibilidade de laboratórios equipados e investidores ávidos para rentabilizar em cima de projetos bem estruturados”, explica.

Ela compara com o cenário nacional, onde o empreendedorismo nas universidades é opcional. “Conhecemos um sistema dinâmico, com programação de eventos diários de investidores, coworkings, incubadoras e aceleradoras que transformam ideias de jovens em projetos rentáveis no curto prazo. Tudo organizado com recursos da iniciativa privada, com acesso livre e sem burocracia para quem quer empreender”, conclui Rosângela.

Álvaro Amarante, diretor executivo da Agência PUC-PR de Inovação, setor responsável por disseminar os 60 projetos dos quatro campi estaduais da universidade para o mercado, disse que o que mais impressionou foi a estrutura. “Além de acesso à tecnologia e equipamentos de última geração, eles contam com um programa de mentoria muito bem organizado, que oferece todo o suporte aos empreendedores. Outra questão é a grade de disciplinas, que prioriza vivenciar a experiência na prática, totalmente ‘mão na massa`. O aluno consegue entender a dinâmica do mercado em todas as fases de estudo e depois recebe todas as ferramentas para poder empreender e ser bem-sucedido”, relata.

Romildo João Lisbôa, professor da Uniguaçu - Faculdades Integradas do Vale do Iguaçu, de União da Vitória, também integrou a missão internacional. “Nos Estados Unidos, o setor empresarial está muito próximo do mundo acadêmico. Os estudantes trabalham em soluções nas próprias empresas. Aqui, os alunos estudam os casos de sucesso, de forma teórica”, compara Lisbôa, acrescentando que a Uniguaçu já busca a aproximação com os empresários, com o Centro de Empreendedorismo montado na instituição de ensino. Ele acrescenta que a viagem teve outro efeito positivo, o da aproximação dos profissionais que trabalham com a Educação Empreendedora no Paraná. “Foi necessária uma missão internacional para que conhecêssemos as pessoas envolvidas na cultura do empreendedorismo em nosso Estado. O capital humano que temos no Paraná é interessantíssimo e pudemos nos conhecer melhor durante o período em que estivemos juntos”, completa Lisbôa.

O diretor do Setor de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Emerson Hilgemberg, acredita que a experiência permitiu uma visão mais ampla de práticas adotadas em universidades consideradas modelo. “A realidade deles é distante da nossa em vários aspectos, mas isso não é impedimento para adotarmos algumas posturas, como o funcionamento de um centro de empreendedorismo e aplicação de metodologias mais ativas e que incentivem o empreendedorismo”, diz. Além disso, o economista cita que é possível aprender com o comportamento pessoal e profissional dos americanos, com a organização das salas de aula e com o comportamento dos próprios acadêmicos.

Participaram da missão gestores da Fateb, de Telêmaco Borba; da PUCPR, de Curitiba, Toledo e Londrina; da Unipar, em Toledo e Francisco Beltrão; da Uniguaçu, de União da Vitória; da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); da UCP, de Pitanga; da Faculdade Campo Real e da Faculdade Guairacá, de Guarapuava; da UTFPR, de Dois Vizinhos; da FAG, de Cascavel; da Unifil, de Londrina; e da FAE Business de Curitiba. Na missão técnica, o grupo visitou projetos de inovação, empreendedorismo, incubadores e aceleradoras em diversas instituições como a Babson College, Massachusetts Institute of Technology, Universidade de Massachusetts Lowell, Harvard University, Boston University, Northeastern University e Worcester Polytechnic Institute (WPI).

Asimp/Sebrae/PR

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