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Um time que jogava à frente do seu tempo. Assim define o ex-zagueiro João Neves quanto à equipe principal do Londrina Esporte Clube que conquistou o Campeonato Paranaense de 1992. Com um gol do defensor, o Tubarão venceu o União Bandeirante por 1 a 0 no Estádio do Café e ficou com a taça há 25 anos.

“Para nós, foi uma glória muito grande aquela conquista”, conta o ex-jogador que até hoje é abordado por torcedores nas ruas de Londrina, cidade que escolheu para viver depois de encerrar a carreira, para recordar aquele dia. “Aquele momento nunca será esquecido e fico feliz por ter participado dele. Foi uma emoção muito grande”, relembra.

Foram três jogos na decisão daquele título (0 a 0 em 06/12, 2 a 2 em 13/12 e 1 a 0 em 19/12). João atuou justamente no terceiro, no lugar do titular Márcio Alcântara, que estava suspenso devido ao acúmulo de cartões amarelos. A missão foi cumprida, mas não foi das mais fáceis. Afinal, no jogo anterior, foi um gol de Márcio que manteve o Londrina com as esperanças de título após empatar o duelo aos 45 minutos do segundo tempo. Até os 20 minutos da etapa final, os londrinenses perdiam por dois tentos de diferença antes de um gol de Tadeu dar início à reação.

“Se você for analisar, ganhamos o título com vários jogadores que vieram do banco”, conta João Neves. “A base do nosso elenco era muito boa, com jogadores diferenciados. E isso também ajudava a fazer a diferença nos nossos jogos”, acrescenta. Equipe que menos foi superada durante o Estadual (quatro derrotas em 30 jogos), o Londrina utilizou 16 jogadores diferentes nas três partidas da decisão. O time que iniciou o duelo daquele 19 de dezembro, por exemplo, foi a campo com cinco titulares diferentes em relação ao que começou os dois jogos anteriores.

“O nosso time tinha uma modernidade, era uma equipe que jogava à frente do seu tempo”, analisa João, hoje com 49 anos de idade.  “O Varlei de Carvalho era um treinador que tinha uma visão diferente, que sabia identificar o potencial do jogador no trabalho do dia a dia. O meu gol mesmo veio de uma jogada bastante treinada. O Roberto, que era lateral-esquerdo, às vezes jogava na ponta-esquerda. O Aléssio jogava não só de atacante, mas como um volante ou meia-atacante também. Então, o treinador tinha a visão de quem podia jogar independentemente se aquela era a posição de origem ou não do jogador”, justifica.

O Tubarão do futuro
João Neves conta que até hoje acompanha o Londrina. Torcedor do clube, acredita que não vai demorar para o Tubarão alcançar objetivos como o acesso à Série A, algo que passou perto nas duas últimas temporadas. “Chegar ao lugar de onde o Londrina nunca deveria ter saído”, define.

“Me sinto um cidadão londrinense e feliz por ter sido um cara que sempre batalhou pelas cores do Londrina”, aponta ele que nasceu no Rio de Janeiro e passou também pelo futebol paulista antes de chegar ao Norte do Paraná. “Acredito que Deus me fez para jogar aqui no Londrina”, acrescenta ele, que no início do mês esteve presente no quarto encontro de ex-jogadores do Alviceleste.

“Sobre o futuro, acredito que o Londrina tem tudo para conseguir chegar à Série A do Brasileiro”, continua. “A SM Sports veio e ajudou a resgatar o Londrina, conta com profissionais que estão ajudando o clube a fazer um grande trabalho. Espero ainda que neste ano de 2018, o Ricardinho [técnico do LEC], que é meu amigo particular, possa fazer um bom trabalho, e coloque o Londrina num patamar ainda maior”, encerra João.

ASCOM/LEC

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