Atletas e comissão técnica da seleção brasileira de ginástica rítmica foram recebidos no aeroporto e seguiram em carreata até a Prefeitura
As meninas de ouro da Ginástica Rítmica chegaram ontem (22) em Londrina após a brilhante participação no Pan-americano de Toronto. As ginastas Beatriz Pomini e Débora Falda, nascidas em Cambé e atletas da equipe de Londrina da Unopar, a técnica da equipe, a londrinense Camila Ferezini, e a professora de balé da seleção brasileira, Bruna Rosa, foram recepcionadas pelos familiares, torcedores e amigos no saguão do aeroporto e seguiram em carreata até a Prefeitura de Londrina.
Elas conquistaram três medalhas por equipe na competição internacional, sendo dois ouros e uma prata, levando o Brasil ao lugar mais alto do pódio, e coroando toda a preparação realizada para o Pan. Hoje, Londrina é referência no esporte e vem ano a ano colecionando excelentes resultados. Além das atletas da seleção principal, as equipes londrinenses representam o país nas competições internacionais das categorias de base da modalidade.
Beatriz, Débora, Camila e Bruna percorreram as ruas da cidade em um caminhão de bombeiros. Os cidadãos saudaram as meninas com aplausos, gritos de incentivo e manifestações de orgulho por onde elas passaram. A ação foi realizada pela Fundação de Esportes de Londrina (FEL) e contou com o apoio da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) e Unopar.
O presidente da FEL, Vilmar Caus, recepcionou as medalhistas Pan-americanas na Prefeitura, onde terminou o desfile. “É com grande satisfação que parabenizamos essas guerreiras do esporte. Já conhecemos o trabalho desenvolvido em Londrina, com a Márcia, a Camila e todas as profissionais desse esporte. Espero que esse trabalho sirva de exemplo para que mais modalidades se organizem e trilhem esse caminho. Nós estamos à disposição para ajudar na gestão do esporte e queremos que Londrina brilhe em nível estadual, nacional e internacional.”
A coordenadora do curso de Educação Física da Unopar e responsável pela ginástica rítmica da entidade, Márcia Aversani, celebrou a conquista. “Quando estamos falando da ginástica de Londrina, estamos falando da ginástica do Brasil e agora da ginástica dos continentes americanos. Temos a comissão técnica da melhor equipe das América e parte das atletas formadas em Londrina. Há 16 anos celebrávamos a medalha de Ouro de Winnipeg, e agora estamos novamente aqui para mais uma conquista Pan-americana. Parabéns a todos os envolvidos.”
A professora de balé da seleção, Bruna Rosa, agradeceu a torcida e o apoio dos londrinenses e familiares. “Nós sempre tivemos apoio aqui em Londrina. Minha mãe foi uma das precursoras da ginástica em Londrina, a Dalva, e demos continuidade nessa história. Temos o suporte para desenvolver um excelente trabalho. É muito bom fazer parte de tudo isso. Sei que a ginástica e o esporte de Londrina estão em boas mãos.”
Em um depoimento emocionado, a técnica da equipe, Camila Ferezin, lembrou de todas as dificuldades superadas. Camila abdicou da licença maternidade e dirigiu a seleção com a filha Maria Clara recém-nascida no período de treinamentos. “Passamos por muitas fases. Já fui atleta e hoje sou técnica da seleção e só tenho a agradecer. Foi um percurso árduo, mas quando olhamos para trás, com essa conquista, e vemos toda essa superação, sabemos que valeu a pena. Obrigado a Deus, ao meu marido, à família Laffranchi que iniciou e acreditou no projeto e às ginastas. Essas meninas merecem tudo de melhor que vai acontecer na vida delas.”
A ginasta Beatriz destacou a presença da torcida brasileira no ginásio em Toronto. “Nós vimos muitos brasileiros no Canadá, que foram até o ginásio para dar força. Quando entrávamos na quadra a gente se sentia no Brasil. Temos de agradecer muito a nossa técnica Camila, que enfrentou todos os obstáculos e esteve conosco, sem ela não teríamos conseguido. E obrigado aos londrinenses, a Unopar e Prefeitura por essa linda recepção.”
A atleta Débora fez coro à amiga de seleção. “Nós crescemos com o esporte, sofremos muito, passamos por muitas coisas juntas, mas a comissão técnica nos trata como filhas, está a todo momento ao nosso lado e nos dá o respaldo para sempre melhorarmos. Isso é importantíssimo. Só temos a agradecer e manter esse trabalho.”
As meninas tem um breve descanso para aproveitar a família e já seguem para a Europa para a disputa da Copa do Mundo e do Pré-Olímpico.
NC/PML
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