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Me formei como jornalista em 2014, mas mesmo antes disso já havia feito coberturas importantes como a Liga Nacional de Futsal, Séries A e B do Brasileiro e ainda uma Copa do Mundo pela rádio Brasil Sul. De fato, tenho mais de dez anos de "repórter" e durante esse tempo todo, como tudo na vida a gente vivencia muita coisa e também evolui.

Costumo dizer que o Rafael Morientes de hoje não é o mesmo de ontem e jamais será o mesmo de amanhã. Entendo que a evolução passa por isso, o dia a dia, como tomar banho, café, ao deitar e despertar. Durante todo esse tempo, fiz muitos amigos na bola e tive pouquíssimas inimizades.

O atleta, e quando eu falo do jogador de futebol eu tenho propriedade porque apesar de não ter profissionalizado eu fiz a base e me sinto um ex-jogador, ele na maioria das vezes também passa por esse processo de maturação, tanto é que no próprio Brasileirão a gente vê um Hulk, um Renato Augusto, um Giuliano, um Felipe Melo, etc, todos trintões deitando e rolando.

Tudo isso passa pela cabeça, maturidade e aprendizagem de todos eles. Porém, tem uma minoria que não cresce, é o chamado Síndrome de Peter Pan. Peter Pan é um personagem criado por J. M. Barrie, que se recusa a crescer e que passa a vida a ter aventuras mágicas. Há quem diga que Neymar tem esse síndrome... Trazendo para nosso campo, aconteceu uma situação vexatória (para o atleta) durante essa semana.

O repórter que vos escreve estava em um estabelecimento em que é amigo do proprietário e visita pelo menos duas vezes por semana. Ao chegar no local, como de praxe, fiz alguns vídeos da fachada do local, do céu que estava maravilhoso naquele dia e também de um funcionário que tenho uma grande amizade. Para minha surpresa, um rapaz que estava sentado do outro lado, cerca de 100 metros de onde eu estava, veio em minha direção com dedo apontado para mim e pedindo que eu excluísse os vídeos rs. Logo notei que o "moço" era um atleta do Londrina, mas mesmo assim não entendi tal cobrança. - Te conheço, apaga isso, quer me f***, disse o cidadão.

Espantado com a situação e não acostumado a lidar com gente assim, fiquei sem resposta e o funcionário e um amigo que estava comigo que é policial e sabe lidar com esse tipo de situação, explicaram para o "jogador" que eu nem havia lhe visto e que o foco nunca foi o suposto atleta. Pois bem, a situação serviu para mostrar que a síndrome de Peter Pan é tão recorrente quanto a chuva ou sol em nossos dias atuais.

Como comentei com o proprietário do local, que também ficou perplexo com a atitude do atleta que nem relacionado para os jogos do LEC tem sido, eu nunca invadi a vida pessoal de qualquer jogador que fosse, tenho isso em mente e levo comigo desde o começo de carreira, o que o atleta faz no seu momento de lazer é problema dele, eu analiso o que ele faz em campo e ponto. Esse rapaz não entendeu isso ainda, quem sabe agora ele entenda.

Rafael Morientes – Jornalista – Londrina – Pr.

#JornalUnião

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