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O Superbowl, grande final do futebol americano, aconteceu semana passada e a equipe dos Patriots venceu mais uma vez. É o momento que pode ser comparado a final de uma copa do mundo de futebol para o resto do mundo, em se tratando da população norte americana. O país para, e o minuto de propaganda nas TVs é o mais caro do planeta.

Poucos momentos são tão significativos para a sociedade estadunidense como quando a partida é televisionada. Com ingressos chegando à casa das dezenas de milhares de dólares, a audiência televisiva é gigantesca, não apenas em território americano, a cada dia mais e mais fãs de diversos países engordam estes números, inclusive aqui no Brasil.

Nos anos 80, 90, a TV aberta chegou a transmitir as partidas finais da liga NFL, com o saudoso narrador Luciano do Valle empunhando os microfones. Com a segmentação televisiva dos canais fechados, há muitos anos a transmissão ficou exclusiva dos canais ESPN, salvo em algumas transmissões compartilhadas por outros canais esportivos.

A cada dia, no entanto, o esporte da bola oval vai se tornando mais popular no Brasil. O Twitter, micro blog que serve como uma rede social, é um termômetro disto. Durante as partidas regulares do campeonato, os assuntos mais comentados costumam ter duas ou três tags relacionadas ao esporte da terra do Tio Sam. Em dia de Superbowl, ele é praticamente o único assunto comentado no Brasil.

É difícil para um leigo completo entender o futebol americano. Ele é um jogo territorial, e tem como objetivo percorrer o campo e entrar com a posse de bola dentro da área do adversário, que é conhecida como “end zone”. Enquanto um time ataca, o outro tenta se defender com uma forte defesa montada para derrubar os atacantes do time adversário. 

O esporte movimenta quantias absurdas de dinheiro, sendo os jogadores que armam as jogadas, chamados de quarterbacks, disputados a preço de ouro. Eles são os cérebros de suas equipes, viram lenda, quase heróis para os americanos. Acabam ficando famosos em todo o planeta. Não é a toa que o sonho de muitos garotos é se tornar jogador da NFL.

Se comparados com os mais famosos jogadores de futebol, os americanos ganham disparado. Seus salários chegam a 40 milhões de dólares ao ano, o dobro do valor pago a jogadores como Cristiano Ronaldo, Messi ou Neymar, por mais bem pagos que estes também sejam. É o caso do jogador Tom Brady, o quarterback da equipe campeã deste ano, Patriots.

O lendário jogador americano – bonito, boa praça, milionário, apoiador de causas sociais e casado com a modelo brasileira Gisele Bundchen – abriu mão de receber mais dinheiro para que seu time pudesse contratar outros jogadores sem ultrapassar o limite financeiro da equipe. Com um time mais equilibrado, ele pensa coletivamente e seu time tem mais chance de torna-se vencedor.

E foi exatamente o que aconteceu este ano. Brady é o maior vencedor de Superbowls da história do esporte. Ele conseguiu a façanha pela sexta vez na carreira, algo quase impossível de ser igualado. O jogador, no entanto, recebe quantias estratosféricas com publicidade, o que compensa o salário menor e escreve, assim, seu nome na história para sempre.

Brady é um cidadão exemplar, o filho que todo pai gostaria de ter. Ele mandou um vídeo a um fã cearense, que padece de um tipo incurável de câncer, agradecendo o apoio, após se tornar vencedor mais uma vez, e comoveu a todos, fãs ou não. Ações como essas ajudam ainda mais a torná-lo popular, bem como fazem o seu esporte ser mais conhecido no Brasil.

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