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Com pouco mais de um mês de atuação, o projeto de extensão “Esporte na UENP para crianças e adolescentes” já é sucesso. O projeto, que começou em março de 2022, busca desenvolver ações voltadas a prática de atividades físicas, estimulando a mudança de comportamento e o aumento do nível de atividade física. Ao todo, nove modalidades esportivas são oferecidas para os participantes. As aulas são gratuitas.

No projeto, crianças e adolescentes de 3 a 17 anos, podem participar de atividades esportivas de modalidades individuais e coletivas. As atividades promovidas são: Iniciação Esportiva; Natação; Tênis; Dança; Xadrez; Futsal; Vôlei; Handebol e Basquete. Para a coordenadora do projeto, professora-doutora Flávia Evelin Bandeira Lima, as atividades buscam oferecer para as crianças uma prática esportiva pensando na melhora do desempenho motor delas, que, consequentemente, também influencia no desempenho cognitivo, social e afetivo.

“Fazemos uma avaliação das crianças para ver como está o desenvolvimento motor. Essa avaliação é feita mês a mês, durante as aulas, e vamos fazendo o acompanhamento. Mesclamos as atividades de acordo com cada faixa etária e as crianças podem fazer quantas atividades quiserem; a única que tem restrição de quantidade é a natação, por conta da demanda dos professores. Então temos oito alunos por turma”, explicou a professora.

Roberta Biembengutt é mãe da Maia, de 8 anos, e da Moara, 3, que participam do projeto desde o início. Maia faz iniciação esportiva, enquanto Moara participa da natação. “Somos de Santo Antônio da Platina e estava procurando um projeto esportivo para elas. Quando fiquei sabendo do Esporte na UENP, entrei em contato para saber se poderíamos participar. Elas fazem duas vezes na semana e adoram! Desde que começaram a participar, estão mais dispostas, mais ativas. O esporte é muito importante para as crianças, tanto pela saúde, quanto para a socialização”, aponta Roberta.

Aproximadamente 300 crianças e adolescentes estão participando das aulas do projeto, que acontecem todos os dias, no contraturno escolar, tanto no período da manhã, das 9h às 11h, quanto à tarde, das 13h30 às 18h50. “Temos uma média de 20 crianças por turma, oferecemos, nos primeiros horários, atividades para os mais novos e conforme vai aumentando o horário, começa as turmas mais velhas”, disse Flávia.

Thiago Amadeu, de 8 anos, é um dos alunos do projeto e participa de quase todas as atividades. Segundo sua mãe, Joice Amadeu Mendes, ele ficou sabendo do projeto na escola e disse que queria fazer. Para ela, o projeto foi uma das melhores coisas para o filho. “Thiago ficou ansioso perguntando quando começariam as aulas. A melhora dele na escola foi extraordinária. Até o mês passado a coordenação motora dele era muito ruim, agora, a concentração e a coordenação dele são outras”, relatou.

De acordo com a professora Flávia, o objetivo do projeto é promover a participação e educação das crianças em relação ao esporte, ampliar o desempenho e repertório motor delas, que influenciam também nas outras áreas. “Nossas atividades são lúdicas e recreativas, não tem o errado, nós mostramos caminhos, conseguimos com que as crianças tenham disciplina e melhorem a resolução do exercício e o desempenho, damos autonomia para elas, o que se reflete na sala de aula”, explica a coordenadora.

 “O esporte tem isso da competição, de jogar contra, de jogar com, de lidar com o outro, de lidar com você mesmo, com seus sentimentos. Ter modalidades individuais e coletivas faz com que tenha atividades diferentes, amplia o repertório motor, melhora o cognitivo, afetivo, social, emocional, de lidar com o sentimento de perder, ganhar e se frustrar”, complementa.

Além da professora coordenadora, o projeto conta ainda com a participação de uma profissional recém-formada, dez acadêmicos bolsistas e quatro voluntários. A profissional recém-formada, Aryanne Hydeko Fukuoka Bueno, fala sobre a experiência com o projeto. “Estamos atendendo muitas modalidades, o que traz bastante experiência e vivência. Ter esse contato com as crianças está sendo bem diferente, consigo aprender bastante. É muito legal ver a interação entre as crianças. Estamos saindo de uma pandemia, voltando às atividades presenciais, para elas, isso fez muita falta. Elas virem para o projeto, promover essa socialização, tirar eles da frente de tela, é muito vantajoso”, frisa.

Para a professora Flávia, a participação dos acadêmicos de Educação Física no projeto é muito importante para a formação deles como profissionais, além do enriquecimento curricular. A coordenadora explica que durante as ações, os estudantes aprendem a ministrar e programar aulas que atendam necessidades do coletivo, mas também de cada criança. O projeto possibilita ainda ao acadêmico avaliar o desempenho da criança e mostrar para os pais a importância da atividade física, tudo isso com a supervisão dos professores. “Com o Esporte na UENP, conseguimos abranger os dois cursos de Educação Física, tanto a licenciatura quanto o bacharelado. Atendemos o ensino, a pesquisa e a extensão, dentro de um único projeto, o que faz com que o acadêmico saia com uma formação mais completa”, ressalta.

O projeto tem atividades de segunda a sexta-feira, no Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Alameda Padre Magno, nº841 – Nova Jacarezinho, Jacarezinho). Os interessados em participar podem entrar em contato através dos números: (15) 99824-0261 (Aryanne) e (43) 996868789. O Esporte na UENP é financiado pela Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior por meio do edital Universidade sem Fronteiras. A UENP possui atualmente sete projetos aprovados pela USF.

Tiago Angelo/UENP

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