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Tecnologia passou a ser uma fundamental para atletas durante a pandemia

O corredor maringaense José Eraldo de Lima, recordista e bicampeão da Mizuno Uphill Marathon, considerada uma das provas mais difíceis do pedestrianismo mundial, segue treinando forte atrás da vaga para as Olimpíadas de Tóquio. Em meio à pandemia causada pelo novo coronavírus, o atleta precisou adaptar suas rotinas de treinamento e usar a tecnologia para manter o sonho vivo.

O primeiro grande desafio foi lidar com a redução de quase 100% no volume semanal de treinos no primeiro momento, mantendo uma rotina de treino funcional dentro de casa. Após a liberação para a prática de atividade física ao ar livre, o uso da máscara durante os treinamentos externos também se mostrou muito difícil.

Como as distâncias percorridas semanalmente foram reduzidas de forma significativa, a alternativa foi manter o condicionamento com treinos curtos e rápidos, priorizando os treinos de força, incluindo musculação e treino funcional. Sempre procurando manter as regras de segurança durante a preparação, como distanciamento e uso de máscara, José Eraldo ressalta a importância de manter uma alimentação saudável e dormir bem. 

O corredor de Maringá destaca a importância da tecnologia nesse delicado momento, “profissionais, atletas e organizadores aderem cada vez mais às soluções tecnológicas no meio esportivo, com treinamentos online, prescrição de treinos e feedback por meio de apps, lives com interação treinador/atleta e até corridas virtuais com kits que incluem camisetas e medalhas”.

“Foi a tecnologia que não deixou a nossa área parar neste momento”, garante José Eraldo. “Esses recursos que até então eram pouco explorados pelos corredores profissionais, se mostraram muito valiosos nesse momento difícil e têm tudo para ficar, pois aproximam e motivam os atletas do mundo inteiro”.

O atleta também utilizou suas redes sociais para colocar em prática algumas iniciativas com o intuito de mobilizar pessoas para a prática de exercícios físicos. Alunos e fãs que o acompanham nas redes sociais, sobretudo no Instagram, usaram seus stories e postaram fotos e vídeos como prova de que o treinamento foi “pago” dentro de casa.   

Com praticamente todas as principais maratonas canceladas em 2020, apenas uma ainda está confirmada, justamente a Uphill Marathon da qual ele é bicampeão e recordista, que foi transferida de agosto para dezembro. Para 2021, ele pretende tentar o índice olímpico na Maratona de Boston em abril, disputar a rainha das ultramaratonas, a Comrades Marathon, na África do Sul em junho, e a Uphill Marathon em setembro, enquanto segue sonhando com uma possível participação nas olímpiadas de Tóquio.

Patrocinado pela Buysoft, uma das maiores empresas de software e soluções em TI do Brasil e que figura na lista das 500 empresas que mais crescem nas Américas, de acordo com o Financial Times, José Eraldo ressalta a importância do apoio ao esporte, “me sinto muito privilegiado, pois sei que não é a realidade de todos os atletas profissionais mesmo em condições normais. Muito menos agora, com a pandemia e a recessão econômica. Esse patrocínio é o principal pilar que me mantém focado no objetivo olímpico e não me deixa fraquejar nos treinamentos”.

Mesmo em um cenário desafiador, ele incentiva aqueles que sonham em iniciar no esporte. A recomendação do atleta é começar com uma mudança interna, traçar objetivos a médio e longo prazo, sempre visualizando alcançar cada uma dessas metas, sem desistir nas dificuldades. José Eraldo também considera fundamental escolher a atividade que lhe dê mais prazer, assim será mais fácil continuar em momentos difíceis como esse.

Daniel Neris/Asimp

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