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Marcio Rafael integrou comitiva da seleção feminina, vencedora do Campeonato das Américas na última terça-feira (22)

A seleção brasileira feminina de goalball, modalidade paradesportiva voltada para deficientes visuais, venceu na última terça-feira (22) o Campeonato das Américas, disputado na cidade de São Paulo (SP). Entre os integrantes da comitiva, estava o londrinense Marcio Rafael, técnico da equipe local de goalball do instituto Roberto Miranda. O instituto recebeu, nos últimos anos, apoio da Fundação de Esportes de Londrina (FEL) por meio do Fundo Especial de Incentivo à Projetos Esportivos (Feipe).

O primeiro a direita é o londrinense Marcio Rafael, acompanhado dos demais técnicos da comissão brasileira. Foto: Acervo Pessoal

Marcio Rafael contou que foi convidado pelo técnico da seleção brasileira da modalidade, em setembro do ano passado, a participar do ciclo pós paralímpico da equipe, como preparador físico.  “Na seleção, a gente trabalha com a ideia de uma tríade, onde a preparação física, a parte tática e a parte técnica têm os mesmos valores, onde o atleta tem que ser completo para poder desempenhar melhor o papel em quadra”, explicou. 

Esta foi a quarta edição do Campeonato das Américas de Goalball, a terceira disputada em São Paulo. Com isso, a seleção brasileira conseguiu uma vaga para o campeonato mundial, a ser disputado na China, em junho. “Foram 12 equipes de 12 países disputando essa competição, e o Brasil nunca havia ganho ela ainda. Já havia participado três vezes anteriormente e foi vice-campeão nas três. Mas esse ano, com nosso trabalho, conseguimos superar as expectativas e alcançar um bom resultado, sendo campeões”, detalhou o preparador físico da equipe.

Ele também comentou sobre o apoio que o instituto recebeu, ultimamente, do patrocínio do Feipe, contando também sobre a tradição da equipe da cidade, a qual já existe há 15 anos, mesmo tempo que o técnico tem de experiência na modalidade. “O incentivo que o Feipe nos dá, essa parte financeira, que ajuda muito em viagem, treinamentos, materiais, é de fundamental importância para o nosso trabalho, para desenvolvê-lo dentro do Goalball. Londrina hoje é heptacampeã dos jogos abertos (Parajaps), tem títulos do regional sul, que é uma espécie de ‘brasileiro do sul’ na modalidade e tem participado dos campeonatos nacionais. Creio que este ano será de bastante intensidade, pois temos atletas mais fortes na equipe e, com isso, a nossa ideia é buscar saltos mais altos dentro da modalidade”, contou.

Sobre o instituto

instituto Roberto Miranda é uma entidade filantrópica de auxílio a pessoas com deficiência visual. Dentre suas atividades, há o incentivo à prática esportiva, com o Goalball, por onde o instituto recebeu apoio da FEL via Feipe.

“O instituto já existe há 57 anos em Londrina, trabalhando com pessoas com deficiência visual. A sua intenção é reabilitar, apoiar e educar essas pessoas com deficiência visual para o mundo. Um desses braços do instituto é o esporte, com o Goalball”, explicou Marcio Rafael.

Sobre a modalidade

O Goalball é disputado por equipes de três jogadores, em uma quadra de espaço similar à de vôlei (nove metros de largura por 18 de comprimento). Ao fundo de cada lado, localizam-se duas balizas, que abrangem todo o comprimento da quadra, medindo nove metros de largura por um metro e trinta centímetros de altura.

Os atletas de cada equipe ficam restritos a uma área de seis metros à frente da baliza que defendem, de modo que não há qualquer contato com os oponentes. Os atletas arremessam a bola para o outro lado, tendo como objetivo fazer com que ela ultrapasse o fundo da quadra adversária, entrando assim nas balizas. Em sua trajetória, a bola precisa obrigatoriamente tocar linhas predeterminadas, de modo que ela chegue ao gol adversário junto ao chão. 

A bola de Goalball é especialmente desenvolvida para o esporte. Pesando 1,25 quilos, ela possui em seu interior um guizo que balança em seu deslocamento, permitindo que os atletas a localizem através da audição. As partidas são disputadas em dois tempos de 12 minutos cada.

Samir Kadri/NCPML

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