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Pelo andar da carruagem, o Campeonato Paranaense no início do ano serviu como um bom preparo para os times do estado em sua jornada nos torneios de nível nacional. Em revelia à escolha do Athletico Paranaense, que mais uma vez escolheu a tática de priorizar amistosos em vez de prestigiar a primeira fase do campeonato estadual, foi de impressionar a força mostrada por times regionais, como o já tradicional Londrina, e os jovens FC Cascavel e Toledo, que se “infiltraram” nas fases finais da taça. E, no caso do último, até um troféu foi levantado, com a Taça Barcímio Sicupira Júnior da primeira fase do torneio sendo conquistada em vitória nos pênaltis por 3 a 2 em cima do Coritiba.

O Toledo chegou bem perto de levar para a casa o título estadual pela primeira vez em sua história, após terminar o campeonato em décimo lugar na temporada anterior. A heroica vitória no jogo de ida da final contra o Athletico em casa foi igualada pelo time da capital em Curitiba. E, desta vez nos pênaltis, o sonho do troféu inédito foi deixado para trás.

Para o Paraná, as esperanças continentais que se concentravam no Athletico foram dissipadas pela eliminação na Copa Libertadores pelo Boca Juniors, nas oitavas de final. Considerando-se a força dos argentinos, que são tidos como um dos grandes (e perenes) favoritos ao título sul-americano pelas apostas online, era uma missão difícil para o Furacão reverter o que já havia sido uma derrota por 1 a 0 em casa no primeiro jogo. A derrota de 2 a 0 apenas sacramentou o que já se esperava acontecer. 

Em âmbito nacional, entretanto, as coisas parecem ter um horizonte bem mais claro. Indo além do Athletico e de sua campanha ainda bem viva para se manter nos primeiros lugares da Série A e dos vindouros confrontos pelas quartas de final da Copa do Brasil contra o Grêmio, há grandes chances de vermos já no ano que vem a primeira divisão do futebol brasileiro com muitos times paranaenses.

Isso advém das até aqui fortes campanhas que três dos times do estado têm feito na segunda divisão. O trio composto por Londrina, Coritiba e Paraná está hoje firme na briga pela promoção à Série B, ameaçando os postos tanto do Atlético Goianiense – que já participou da Série A em anos recentes – quanto do Bragantino. O último é o time paulista que “ganhou asas” da empresa de energéticos austríaca em uma operação de fusão entre o até então tradicional clube de Bragança Paulista e a filial brasileira dos “touros vermelhos”, que fincou bandeiras na Áustria, na Alemanha e nos Estados Unidos.

O melhor de tudo é que o destaque do estado na Série B é um clube bem próximo da região. O Londrina conseguiu alavancar sua boa campanha na segunda parte do campeonato estadual, chegando às semifinais com o Coritiba, para disputar espaço entre os potenciais clubes promovidos ao primeiro escalão. Deixada para trás a decepção com a eliminação na Copa do Brasil contra o Bahia, o time tem conseguido seguir no caminho das vitórias com o grande auxílio dos atacantes Alisson Safira e Anderson Oliveira. 

Outro time de Londrina, o Operário, também tem chances de achar seu lugar ao sol. Ainda que ocupasse no dia 6 de agosto o décimo-segundo lugar na tabela da Confederação Brasileira de Futebol, ele se encontrava apenas 5 pontos distante do último lugar da zona de promoção à Série A, ocupada pelo Botafogo de Ribeirão Preto. Com muitas rodadas pela frente, uma reversão de cenário – e, assim, uma chegada à Série A – é totalmente viável.

Logo, as chances de dois times londrinenses, em conjunto com três times da capital, ocuparem espaço na primeira divisão do Campeonato Brasileiro está longe de ser baixa. Seria de certa forma a culminação dos esforços empreendidos até aqui por clubes não só do interior do Paraná, mas também de outros espaços da região Sul do país, como mostra o até então muito bem-sucedido trabalho executado pelos catarinenses da Chapecoense.

E nisto não estamos incluindo ainda outros times da região que entrarão na pirâmide do futebol nacional, como os já mencionados Toledo e FC Cascavel, que garantiram seus lugares na próxima edição da Série D graças às suas campanhas no Campeonato Paranaense. No mais, é difícil não ficar otimista frente aos caminhos que se traçam no horizonte dos times de interior. Agora, é só seguir o trabalho duro e consistente, para que a projeção se torne realidade.

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