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“Precisamos mudar a nossa forma de combater a corrupção, em que o diálogo e a rede do bem, que é a rede de combate à corrupção, precisam estar fortalecidas”, afirmou o advogado-geral da União, André Mendonça, na terça-feira (03/09), durante a cerimônia de abertura da Semana de Combate à Corrupção Transnacional, no Palácio do Itamaraty, em Brasília

O evento – promovido em conjunto por Advocacia-Geral da União, Controladoria-Geral da União e Ministério Público Federal – reunirá até sexta-feira (06/09) 60 pessoas de 14 países que atuam no combate à corrupção. O objetivo do evento é discutir o combate à pratica de corrupção na América Latina e Caribe, a responsabilização de empresas envolvidas no crime organizado e ferramentas de combate ao suborno transacional.

“Combater a corrupção hoje é mais difícil do que há 30 anos, quando existia um sistema hierarquizado, ainda sem tantos meios de comunicação e sem tantos mecanismos de tráfico de recursos”, afirmou o advogado-geral. “Hoje temos o que chamamos de corrupção em redes, em que elas não têm necessariamente um chefe, mas uma multiplicidade de grandes atores, em que mesmo que se retire um, ela se recompõe”, explicou.

Para Mendonça, o evento possibilitará a troca de informações entre os países para enfrentamento desses crimes. “Que possamos aprender uns com os outros”, afirmou. “Esse evento demonstra o compromisso do Brasil com o combate à corrupção e com os países aqui presentes. Um compromisso de cooperação, de união, de soma de esforços e de busca de um novo perfil de governança pública”, concluiu.

Contribuição

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, destacou que o combate à corrupção é prioridade do governo brasileiro. “O trabalho consistente do Estado contra a corrupção fez com que Brasil se tornasse chave na transparência. O Brasil tem a capacidade de trazer uma contribuição relevante”, disse.

“Os trabalhos que estamos fazendo e empreendendo no país são árduos e temos a exata noção de que, por mais que nós já tenhamos evoluído muito, temos muito a fazer e a melhorar dentro dos processos”, acrescentou o ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, destacou que o crime organizado atravessa fronteiras com facilidades. “Quanto mais demoramos a trocar informações, mais aumenta o crime organizado transnacional. Muitas dessas empresas têm capital próprio superior a de muitos países da nossa região, o que dá a dimensão do impacto que a atuação delas pode causar sobre o patrimônio público e promovendo lavagem de dinheiro”, alertou.  É muito importante que órgãos internos de cada país se unam para enfrentar o crime organizado, a corrupção e lavagem de dinheiro. Mas que façamos isso também no plano internacional”, completou.

Também participaram da solenidade a chefe substituta da Procuradoria Contra o Crime Econômico e a Lavagem de Dinheiro na Argentina, Maria Laura Roteta e o analista legal da Divisão Anticorrupção da OCDE, Apostolos Zampounidis.

A semana

Dentro da programação do evento serão realizadas a II Reunião da Rede de Agentes de Combate ao Suborno Transnacional da América Latina e Caribe (LAC LEN) e o Treinamento em Combate à Corrupção e Suborno Transacional.

Ascom/Advocacia-Geral da União (AGU)

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