Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

Em encontro realizado ontem(5), a secretária municipal de Assistência Social, Nádia Oliveira de Moura, esteve reunida com lideranças locais e a comunidade indígena para debater assuntos relacionados a não permanência de crianças e adolescentes indígenas em situação de risco social em semáforos da cidade. A atividade ocorreu no Centro de Referência, Memória e Cultura Indígena, espaço que é administrado pela Secretaria Municipal de Assistência Social e tem como função oferecer à comunidade da região um ponto de referência para a valorização da cultura indígena.

Estiveram presentes a juíza titular da 1ª Vara da Infância e Juventude da Comarca de Londrina, Camila Tereza Gutslaff; a antropóloga da Secretaria de Assistência Social, Marlene de Oliveira; o Cacique Natalino Marcolino, da reserva do Apucaraninha e moradores da Aldeia Água Branca, além de representantes do Conselho Tutelar, FUNAI e Serviço Municipal de Abordagem Social de Crianças e Adolescentes.

Os debates feitos no encontro tiveram como foco o fortalecimento das ações de sensibilização, em parceria com os indígenas, e do fluxo de abordagem da rede socioassistencial do Município para garantir que as crianças e adolescentes indígenas em vulnerabilidade social não fiquem expostas aos riscos existentes nas ruas. Para isso, os participantes atualizaram a agenda de trabalho, que já é desenvolvida regularmente e de forma integrada, incluindo os encaminhamentos referentes a cada um dos órgãos públicos envolvidos. Além disso, foram articuladas novas estratégias visando ampliar o alcance das ações junto às terras indígenas.

Nádia reforçou que, durante o período de férias escolares, o número de crianças indígenas que ficam expostas nas ruas aumenta, uma vez que muitos dos pais e mães precisam levá-las junto para os centros urbanos, quando saem para vender artesanatos e materiais, ou mesmo em busca de ajuda. “O objetivo das reuniões, que procuramos realizar sempre que possível, é intensificar a atuação dos órgãos que atendem as crianças e adolescentes de Londrina para, cada vez mais, tirar essas pessoas da situação de risco e perigo nas ruas. Por isso, a ideia é fazer com que todas as políticas públicas que atendem esse público possam estar alinhadas a vários setores da sociedade em um trabalho que tem fundamental importância para atenuar essa realidade, considerando as especificidades socioculturais do grupo indígena”, enfatizou.

Nesse sentido, a secretária disse que está sendo reforçado um trabalho com as escolas indígenas. “Pretendemos promover uma campanha, junto ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Conselho Tutelar, Vara da Infância e Juventude e demais órgãos de defesa de direito para esclarecer a população sobre a situação de vulnerabilidade que acaba sendo reforçada mediante os ‘trocadinhos’ que são dados nos semáforos da cidade, pois isso apenas fortelece sua situação de vulnerabilidade social”, destacou.

A Comissão, que debate o assunto, vem se reunindo a cada dois meses para dar continuidade ao processo de fortalecimento das ações visando a não permanência de crianças e adolescentes indígenas em situação de rua, inclusive com o convite para a participação do  Núcleo Regional de Educação e da Secretaria Municipal de Educação.

N.com

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.