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Mais de 50 profissionais ligados a área representando o Paraná em um ambiente voltado à agronomia, com debates, palestras e muita troca de conhecimentos. Assim foi o 32º Congresso Brasileiro de Agronomia (CBA), que aconteceu entre os dias 19 a 22 de outubro, em Florianópolis. Foram mais de 14 painéis e mais de 40 palestras com a participação de mais de 1 mil pessoas.

Nesta edição, o CBA teve como tema central "Desafios Profissionais em um Mundo em Transformação". Entre os objetivos abordados durante o evento, a categoria composta por mais de 116 mil profissionais, terá o de trabalhar pela defesa de políticas públicas para a agricultura familiar, crédito rural, rastreabilidade e defesa sanitária vegetal e o acompanhamento da evolução tecnológica, que avança de forma rápida.

Na abertura do CBA, na noite da terça-feira (19), o engenheiro agrônomo, ex-ministro da Agricultura e indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2021, Alysson Paolinelli, falou sobre os desafios profissionais do setor em um mundo em transformação. Visto como um dos principais autores do impulsionamento do agronegócio brasileiro nos anos 70, Paolinelli ajudou a criar a Embrapa, foi ainda incentivador da criação de escolas de agronomia.

Presente no evento, o presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná (FEAPR), Clodomir Ascari, destacou a importância dos debates. "Os desafios daqui para frente também vão englobar o fato de que a agricultura vem sendo afetada pelas mudanças climáticas. Além disso, temos o desafio de trabalharmos pela valorização profissional e pela aplicação de sistemas sustentáveis de produção".

Para Ascari, agora o compromisso também é de que os presidentes de associações e demais entidades possam compartilhar as informações e conhecimentos adquiridos em suas regiões. "Temos agora o objetivo de levar tudo que absorvemos durante o Congresso para as nossas cidades e regiões, replicando este conhecimento para engenheiros agrônomos, entusiastas da área e produtores rurais".

O presidente da Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab), Kleber Santos, destacou que o evento foi brilhante. "Excelente. Foram quatro dias de conteúdos de muita qualidade que superaram as expectativas do público. As avaliações que recebemos ao longo do evento foram extremamente positivas em relação aos painelistas e às palestras", avaliou.

Agricultura em um mundo em transformação

Um dos painéis mais esperados do evento, o "Agricultura no Mundo em Transformação", teve a participação do ex-ministro e engenheiro agrônomo Roberto Rodrigues, do gerente de exportação da Aurora Alimentos, Dilvo Casagrande, e do adido agrícola do Brasil no Reino Unido, Augusto Luis Billi.

Rodrigues falou sobre a produção brasileira e a participação do mercado mundial, de commodities e de produtos semiacabados. Fez ainda um apanhado também das oportunidades de abertura de mercados que o Brasil teve com a pandemia. "A indústria de alimentos é um destes casos. As atividades deste segmento são prioritárias".

Já Casagrande pontuou que as exportações de produtos de origem animal para Ásia, Japão e União Européia aumentaram muito nos últimos 20 anos. Para ele, essa alta demanda se deve à facilidade do Brasil com novas tecnologias no abate à qualidade dos produtos e, principalmente, à sanidade do rebanho e dos aviários.

Augusto Billi abordou o mercado e os desafios que são enfrentados diariamente, em especial em razão da imprensa no Reino Unido. "Apagamos um incêndio por dia. São notícias sobre queimadas, desmatamento. Cada vez que a mídia noticia algo que possa prejudicar nossa imagem no exterior, uma reação é priorizada e precisa dar resultado".

Clodomir Ascari/Asimp

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