Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

Com a mudança, a expectativa é que a quantidade de informações exigidas durante o cadastro seja reduzida pela metade

Com a aprovação do relatório da MP da liberdade econômica pela Comissão do Congresso, que extinguiu o eSocial (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais Previdenciárias e Trabalhistas), os empregadores brasileiros terão mais facilidade e economizarão tempo na hora de enviar as informações dos funcionários para o governo. De acordo com o anúncio do secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, a partir de janeiro de 2020, duas novas plataformas serão criadas, uma para o Trabalho e Previdência e outra para a Receita Federal. O acesso ao novo sistema será diferenciado conforme o porte da empresa, o que facilitará ainda mais para as micro e pequenas empresas.

Além disso, o cadastro será concentrado no CPF do trabalhador, o que agilizará o processo de inclusão de dados. “A expectativa é que haja redução de quase 50% das informações exigidas atualmente, retirando a necessidade de dados duplicados ou que não são exigidas por lei, como o número do RG, título de eleitor e PIS. As informações de folha de pagamento, férias e sobre acidentes de trabalho serão mantidas”, explica Bianca Dias de Andrade, coordenadora da área de Relações de Trabalho e Consumo do escritório Andrade Silva Advogados.

Segundo a advogada, a substituição do sistema vai simplificar o cadastro, desburocratizando o que existia até então. “A expectativa é que a modificação beneficie tanto os obrigados a prestar informações quanto os responsáveis pela gestão pública. Além disso, o governo adotará ainda uma sistemática de forma a não trazer prejuízos para quem investiu muito no eSocial, como por exemplo, empresas de tecnologia da informação”, destaca.

Bianca acrescenta ainda que o eSocial é bem complexo e sempre foi um sistema que gerou diversas dificuldades para quem precisou utilizá-lo. “Desde a MP 881/19, conhecida como Medida Provisória da Liberdade Econômica, o governo federal vem reafirmando o intuito de facilitar o exercício das atividades empresariais e simplificar o sistema de escrituração e unificação das informações tributárias, trabalhistas e previdenciárias, é mais um exemplo disso”, destaca.

O eSocial permanecerá em uso até janeiro do ano que vem, mas deve passar por algumas adequações e ajustes para que a mudança seja mais tranquila.

Além da extinção do eSocial e de outras previsões, no relatório aprovado da MP da Liberdade Econômica consta ainda a emissão de carteira de trabalho preferencialmente eletrônica e o aumento, de dois para cinco dias, no prazo que a empresa tem para anotar na carteira a remuneração e data de admissão do funcionário.

Julia Ester de Paula/Asimp

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.