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Encontra-se em fase final, o projeto de extensão "Implantação do sistema de arquivos da Prefeitura Municipal de Londrina", coordenado pelo professor Eliandro dos Santos Costa, do Departamento de Ciência da Informação (CECA). Segundo ele, a conclusão das atividades deve ocorrer este mês, coincidindo com o início do novo semestre letivo.

Foram dois anos e meio de trabalho para implementar o programa de gestão de documentos do setor de Recursos Humanos da prefeitura. "Como se tratava de um volume muito grande de documentos que envolvem diversas secretarias municipais e outras unidades, decidimos concentrar o projeto apenas para a área de RH", conta o coordenador.

Outro motivo para selecionar esta área foi as condições em que se encontravam os documentos."Por falta de espaço, as caixas estavam acomodadas na escadaria do Centro Cívico, correndo risco de sofrer as ações do tempo", acrescenta. Para acomodar parte do arquivo, a prefeitura alugou um imóvel na rua Albânia, 230, no bairro Igapó, onde a equipe da UEL, juntamente com servidores municipais trabalharam na organização do arquivo.

O projeto envolveu estudantes do curso de Arquivologia da UEL e também contou com apoio de funcionários da prefeitura. A estudante Stela de Oliveira Antonio, aluna do 4º ano atuou como estagiária da PML, já as estudantes Drielen Horimi e Myrella Vaenia da Luz Fernandes, também do curso de Arquivologia atuaram como bolsistas da Pró-reitoria de Extensão (Proex).

O trabalho contou ainda com o apoio da servidora da prefeitura, Maria Aparecida Ribeiro; Fabiana Borelli, diretora da Diretoria de Gestão de Informação e Arquivo Público e Márcia Horaguti, gerente do Arquivo Público. O professor Eliandro Costa destaca que o projeto é uma via de mão dupla. "Por um lado, a UEL a entra com seu know how na área contribuindo para melhorar o sistema de arquivo da prefeitura, por outro, o projeto serve como campo de aprendizagem e estágio para estudantes de Arquivologia. Esse é o papel da extensão", sintetiza o professor.

Segundo Eliandro Costa, o primeiro passo foi solicitar à prefeitura a transferência das pastas que ocupavam quatro lances da escadaria do Centro Cívico para o prédio da rua Albânia. "Parte da memória da cidade está nos arquivos da prefeitura e aquela situação colocava em risco a integridade dos documentos, além de atrapalhar passagem das pessoas que usavam a escada". O passo seguinte foi classificar os documentos por atividade e, posteriormente descrevê-los em termos temporalidade. "Nos últimos seis meses, trabalhamos na criação de um instrumento de busca", acrescenta.

Ele observa que quando falamos em arquivologia não podemos pensar apenas em papéis, mas também na pessoa que vai atuar nos arquivos. "É uma área bastante insalubre que exige cuidados especiais, pois existem micro-organismos que podem afetar o sistema respiratório". O professor destaca ainda que o mercado de trabalho para arquivista é grande, mas pouco valorizado e reflete no próprio curso cuja procura é baixa. "A realidade da arquivologia se resume em uma demanda grande de trabalho e uma carência de profissionais qualificados", sintetiza.

Agência UEL

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