Carreata lembra 14 anos da Lei Maria da Penha
Passeata de veículos organizada pela Coordenadoria de Atendimento à Mulher de Ibiporã (Cami) percorreu a área central para ressaltar importância da lei que tornou mais rigorosa a punição para agressões contra a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico e familiar
O mês de agosto foi escolhido para conscientização sobre a violência contra a mulher e também de ampla divulgação dos direitos femininos, além de ser o mês em que a Lei Maria da Penha completa 14 anos de aprovação.
Em Ibiporã, a Prefeitura Municipal, por meio da Coordenadoria de Atendimento à Mulher de Ibiporã (Cami), promoveu na última sexta-feira (7), data em que a Lei Maria da Penha foi sancionada, uma carreta pela área central para ressaltar a importância da lei e a denúncia dos casos de violência. A ação contou com o apoio de todos os serviços que integram a rede de atendimento à mulher em situação de violência doméstica (CRAS, CREAS, Conselho Tutelar, Secretaria Municipal da Saúde, hospitais, Poderes Judiciário e Legislativo e Polícias Civil, Militar e Rodoviária).
Durante a carreata, servidoras da Secretaria de Assistência Social entregaram materiais de orientação sobre a importância da prevenção e do enfrentamento à violência contra a mulher. Em uma tenda instalada na Praça Pio XII, profissionais da Cami receberam e repassaram orientações sobre os serviços prestados às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.
Estudos apontaram que a situação de isolamento social, devido à pandemia de coronavírus (COVID-19), tem potencializado os casos de violência contra as mulheres em todo o mundo. “Diante desta nova realidade pandêmica, a campanha Agosto Lilás é mais uma forma de levar informação às mulheres, como forma de ajudá-las a romper o ciclo de violência, e de trazer maior visibilidade sobre o assunto para toda a sociedade”, ressalta a secretária de Assistência Social, Ireny Sorge.
Segundo levantamento do Creas, 64 casos de violência contra a mulher foram recebidos pela rede de atendimento de janeiro a julho. Cerca de 25 vítimas estão sendo acompanhadas pela equipe. A faixa etária dos 30 a 40 anos foi a que mais teve encaminhamentos. A violência psicológica, seguida da física são os tipos predominantes.
Presente à mobilização, o prefeito João Coloniezi lembrou que a agressão não é apenas aquela que deixa marcas físicas. “A maioria das mulheres sofre calada, por vergonha, medo ou por não saber a quem pedir ajuda. Mas saiba você, mulher, que é vítima de violência física, sexual, psicológica, patrimonial ou moral, que estamos aqui para te acolher, oferecendo apoio e proteção, e te auxiliar a romper o ciclo da violência”, frisou o prefeito.
CAMI
Recentemente, a rede de serviços de atendimento à mulher vítima de violência no município ganhou um reforço importante com a criação da Coordenadoria de Atendimento à Mulher de Ibiporã (Cami). O objetivo é formular, coordenar e acompanhar as políticas públicas referentes à mulher na cidade de Ibiporã, trabalhando na defesa de seus direitos e garantindo a plena manifestação de suas capacidades com autonomia.
O trabalho na Cami é realizado por uma equipe multiprofissional, formada por psicólogas, assistente social e assessoria jurídica visando à autonomia, valorização e capacitação para o mundo do trabalho, prevenção e enfrentamento à violência, saúde e bem-estar das mulheres. Provisoriamente, a Cami está funcionando no Creas - Rua José Bonifácio, 870. Porém, futuramente, atenderá em espaço próprio.
Conforme a coordenadora da Cami, a psicóloga Lisa Mitiko Koga, a Coordenadoria de Atendimento à Mulher de Ibiporã objetiva fortalecer o trabalho já realizado pelo Creas, que oferta atendimento e acompanhamento para mulheres em situação de violência doméstica e familiar, oferecendo serviços de acolhida, atendimento individual, oficinas quinzenais, busca ativa por meio de contatos telefônicos e visitas domiciliares, atividades temáticas em meses comemorativos, articulação com a rede de serviços e encaminhamentos necessários. “Queremos fortalecer a rede de serviços de atendimento à mulher vítima de violência, bem como desenvolver um trabalho psicológico com o agressor e preventivo junto à sociedade. Para isso, pretendemos formular ações de engajamento com vários setores do poder público, Judiciário, Legislativo e sociedade civil na formulação de políticas públicas”, explica a coordenadora.
Em situação de violência contra a mulher, DENUNCIE!!!!
Boletim de Ocorrência online: policiacivil.pr.gov.br/BO.
Polícia: Se o crime está acontecendo no momento ou ocorreu há pouco, a vítima deve acionar a Polícia Militar pelo telefone 190 ou comparecer a uma Delegacia da Polícia Civil do Paraná
Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 presta uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.
Coordenadoria de Atendimento à Mulher de Ibiporã (Cami) – 3178-0211
Caroline Vicentini/NCPML
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