Ibiporã 21/11/2017 08h22

UPA de Ibiporã realizou mais de 66 mil atendimentos este ano

Unidade de Pronto Atendimento comemorou três anos no dia 15 com café da manhã servido à equipe. Unidade tornou-se padrão de referência no atendimento a urgências e emergências

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. Justino Alves Pereira (UPA 24h), de Ibiporã, comemorou três anos de funcionamento na última quinta-feira (15) com um café da manhã servido aos colaboradores da unidade. O evento contou com as presenças do prefeito João Coloniezi, da secretária de Saúde, Andrea Stroka, do diretor clínico da unidade, José Carlos Jr., da coordenadora geral, Rosângela Domingues Pais, vereadores e demais secretários.

Inaugurada em 15 de novembro de 2014, a UPA de Ibiporã tornou-se padrão de referência no atendimento à urgência e emergência, com um atendimento ágil, resolutivo e qualificado. Com 1.410 m² de construção, abriga salas de prontoatendimento de: urgência e emergência, clínica geral, pediatria, observação, isolamento, medicação, hidratação, inalação, eletrocardiograma e raio x. O prédio também é base do Samu e abriga o Laboratório de Análises Clínicas.

A UPA conta atualmente com cerca de 60 funcionários, entre enfermeiros, técnicos de enfermagem, administrativo, serviços gerais e segurança patrimonial. Há também cerca de 50 médicos no serviço. Os servidores passam constantemente por capacitações visando ampliar o conhecimento e melhorar a qualidade e segurança da assistência prestada à população.

Segundo o diretor clínico, mais de 66 mil atendimentos foram realizados na UPA desde o início do ano até agora. A média diária de atendimento é de 230 pacientes/dia. Cerca de 20% dos pacientes atendidos são de municípios vizinhos. “A UPA tornou-se referência no atendimento a urgências e emergências não só para Ibiporã, mas para toda região, muito em função dos nossos funcionários, que se dedicam 365 dias por ano a este trabalho. Quero agradecer também ao apoio do prefeito João Coloniezi por ter sido tão solícito no atendimento às nossas demandas”, ressaltou Junior.

O diretor clínico pontuou que várias mudanças foram implementadas este ano na UPA visando oferecer um atendimento mais ágil e humanizado. Desde o dia 1º de janeiro a UPA está com três médicos plantonistas de terça a sexta-feira, no período das 7 da manhã a 1 da madrugada. Também foram mais contratados mais enfermeiros, técnicos de enfermagem e de radiologia.

Outra mudança importante é que os médicos da UPA podem solicitar exames complementares com especialistas, o que segundo o diretor diminuiu o tempo de espera do paciente por um exame e agilizou o atendimento na Unidade Básica de Saúde de referência. "Isso está sendo possível graças à implementação do prontuário eletrônico, possibilitando que o profissional de saúde tenha acesso de forma mais rápida e organizada ao histórico da pessoa, o que dá maior agilidade e organização ao atendimento", explica o cardiologista.

Outra novidade foi o atendimento a uma reivindicação antiga dos usuários da UPA 24 horas. Desde fevereiro a unidade está fornecendo a primeira dose do antibiótico a pacientes com quadro de doença aguda (infecções, pneumonia, meningite, etc) que forem atendidos à noite, finais de semana e feriados. A reclamação era que muitos pacientes, por falta de dinheiro, não podiam adquirir a medicação na farmácia, e só iniciavam o tratamento na segunda-feira, quando podiam ir até a UBS retirar o remédio prescrito. “Com esta estratégia, reduzimos em quase 90% o índice de retorno aos finais de semana por complicações da doença”, revelou o médico.

Além destas mudanças, a UPA adquiriu este ano mais um aparelho de eletrocardiograma, tendo agora um móvel e um fixo. Também foram implantados aparelhos de ar condicionado em mais salas de consultório e na sala de observação.

Parabenizando a equipe, a secretária de Saúde enfatizou que apesar da complexidade da pasta, a qualidade do atendimento na Atenção Básica tem melhorado porque o foco é na organização dos fluxos. “O processo de trabalho organizado resulta em um atendimento mais resolutivo. Além disso, contamos com uma boa estrutura física e profissionais muito capacitados e comprometidos”, comentou Andrea.

O custo mensal para manter a UPA é de cerca de R$500 mil, sendo R$170 mil repassados pelo governo federal, via Ministério da Saúde, e R$330 mil de contrapartida municipal. “Ao longo destes anos os cidadãos de Ibiporã e região têm reconhecido os esforços empregados na prestação de um serviço de qualidade e nos dado retornos muito positivos. No entanto, ainda temos muitas pessoas que procuram a UPA para casos sem urgência, que devem ser tratados nas UBS. O objetivo da UPA é fazer atendimento de casos de urgência e emergência, como fraturas, cortes, infarto, AVC, pressão e febre alta”, exemplificou o prefeito.

Segundo a coordenadora geral, a partir de 2018 o município pleiteará junto ao Ministério da Saúde passar de porte I (mínimo de 7 leitos de observação,capacidade para atender, em média, 150 pacientes/dia, população na área de abrangência de 50 a 100 mil habitantes) para porte II (mínimo de 11 leitos de observação, capacidade de atendimento médio de 250 pacientes/dia, população na área de abrangência de 100 mil a 200 mil habitantes. "Temos estrutura e profissionais qualificados para atender a uma população maior. Contratamos mais profissionais ao longo deste ano, além fazer ajustes para otimizar os processos, oferecendo, desta forma, um atendimento rápido, eficiente e de qualidade à população", argumenta Rosângela.

Quando procurar a UPA 24H

- dor aguda;

- febre alta por mais de 24h;

- vômito e diarreia persistentes;

- queimadura;

- picada de animais peçonhentos;

- pequenas suturas;

- crise hipertensiva;

- alterações glicêmicas (diabetes descompensada);

- crise convulsiva;

- surto psicótico;

- intoxicação exógena;