"Deixou chegar"
Quem está no meio da bola lê ou ouve sempre a famosa frase: "Deixou chegar". Pois é, ela cabe para o LEC no Estadual. O time que começou o campeonato, é praticamente o mesmo que entrou em campo lá em Arapongas no dia 11 de março contra o Maringá. Dos 11 iniciais de Silvinho Canuto, 8 são titulares na reta final com Fonseca. Eu me lembro bem desse início, dos 5 jogos do Tuba como mandante, fiz todos com Jefferson Oliveira e Garcia para a TV do clube, ali do gramado, pertinho, era nítido que a coisa ia virar e isso independe da troca ou não no comando técnico. O que não sou leviano em afirmar que também não funcionou. A experiência de Fonseca e seu auxiliar Juninho colaborou para tal crescimento, outro fato importante foi a vitória em Cascavel, elevou o moral do grupo que depois conquistou duas vitórias maiúsculas contra Coxa e CAP.
Mas o que tem o LEC hoje que o credencia ao título que não tinha no início? Confiança! E isso é uma coisa que quando se tem, você literalmente vai embora, as coisas fluem ao natural e os resultados acontecem. Os torcedores vibraram com as chegadas de Orobó e Salatiel, vão vibrar ainda mais quando o Londrina apresentar, enfim, seus principais reforços para a Série B, mas essa tal da confiança foi o principal ganho da era Fonseca no Estadual. Imagine o seguinte cenário, LEC campeão paranaense ou ao menos finalista que seja, o time entra na B em Pelotas, "grandão", para enfrentar o Brasil, que este repórter que vos escreve noticiou na coluna da semana passada que não vive um momento bom, o Londrina ganha, o que eu acredito que seja muito provável por sinal, aí recebe o Brusque no Café e vence também, sai para enfrentar o instável Coxa e consegue outra vitória ou um empate, pois bem, serão 7 ou quem sabe até 9 pontos em 3 jogos. O futebol muda muito, é um retrato da vida, um dia se está embaixo, no outro por cima, por isso é importante aproveitar as oportunidades e ter sempre em mente que tudo pode acontecer, mesmo que as circunstâncias te mostrem o contrário. Nada supera o trabalho, ainda mais com confiança!
Rafael Morientes – Coluna RM/JU
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