Uma ação de alunos de Direito e Psicologia da UniFil quer alertar a comunidade sobre o crescimento da violência contra a mulher e a necessidade de se enfrentar o problema. No domingo (dia 19), às 9 horas, no aterro do Lago Igapó, um grupo de estudantes vai distribuir material informativo e conversar com as pessoas sobre formas de prevenção e denúncia de crimes, bem como proteção às vítimas.
Dados da 6ª Vara de Londrina, especializada em violência doméstica e familiar contra a mulher e de crimes contra a criança e adolescente, mostram que de 2015 para 2016 houve aumento de mais de dois mil processos em andamento envolvendo violência contra mulher. Nos inquéritos policiais, foram registrados 470 casos a mais no período de 2015 a 2017.
“Diante de números alarmantes, os alunos decidiram fazer essa mobilização pública para conscientizar as pessoas, encorajando as mulheres a denunciar situações de violência e chamando a atenção dos homens sobre a barbaridade dos crimes de feminicídio”, diz o professor de Direito da UniFil, João Ricardo Anastácio, coordenador do projeto de extensão Restaurando Londrina, que trabalha com a implantação de práticas restaurativas na busca da prevenção de conflitos.
A advogada Rosielma Lopes, coordenadora do grupo “Prevenção a Violência contra a Mulher” da OAB, afirma que é preciso refletir sobre o respeito mútuo entre homens e mulheres. “Independente de sexo, o ser humano deve ter condições de gozar de liberdade e igualdade na plenitude de direitos e deveres, principalmente em relação à dignidade das pessoas.” E acrescenta: “A prática restaurativa não defende feminismo e muito menos machismo.”
A atividade dos alunos da UniFil também marca os três anos do projeto Restaurando Londrina, que objetiva a busca de alternativas para diminuir os índices de criminalidade e reincidência entre condenados.
Asimp/Unifil
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