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Realizadas em conjunto com o projeto Arte Educação, reuniões têm o objetivo de dar voz às demandas da população em situação de rua atendida pelos serviços

A Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) está promovendo, em conjunto com o projeto Arte Educação – iniciativa realizada em parceria com a Associação Londrinense de Circo –, uma série de assembleias que contam com a participação de pessoas em situação de rua atendidas pelos serviços municipais de acolhimento adulto. O objetivo é propiciar aos beneficiários uma oportunidade de expressar suas opiniões sobre os serviços, apontando possíveis direções para sua melhoria e ampliação. Além disso, as reuniões também visam expandir, unificar e articular os encontros que já são realizados periodicamente pela SMAS.

As primeiras reuniões aconteceram nos dias 15 e 18 de janeiro, na Casa de Passagem, República Moderada do MMA (Ministério de Missões e Adoração), Casa do Bom Samaritano e Centro Pop. As assembleias continuarão a ser realizadas nas demais unidades da rede municipal, sendo que a meta é que ocorram a cada 30 dias. Durante os encontros, cada unidade elegerá dois representantes, que participarão de assembleias gerais, realizadas a cada dois meses.

As reuniões, que até o momento já incluíram cerca de 80 pessoas, entre profissionais da SMAS, integrantes do projeto Arte Educação e representantes da população em situação de rua, são orientadas pelas medidas contra a transmissão do novo Coronavírus, como o uso de máscaras de proteção, disponibilização de álcool gel para higienização das mãos e o distanciamento social. Durante o seu decurso, cada usuário dos serviços tem a oportunidade de expressar suas demandas e sugestões para a melhoria do atendimento, assim como relatar suas trajetórias pessoais.

Segundo a gerente de Serviços de Alta Complexidade da SMAS, Lígia Fukahori, entre as principais demandas levantadas até o momento estão a maior oferta de atividades de qualificação profissional; o estabelecimento de parcerias com empresas locais para a criação de vagas sociais de emprego; a ampliação dos serviços de acompanhamento psicológico para saúde mental e redução de danos; e a contratação de novos educadores. Ela destacou a importância de ouvir o público atendido pelas ações da Secretaria. “Essas sugestões nos ajudam a direcionar o nosso planejamento, permitindo que possamos ofertar um atendimento cada vez mais humanizado e alinhado às necessidades e expectativas dos usuários. Para aperfeiçoar ainda mais o processo, estamos articulando a participação nessa iniciativa, durante seis meses, do presidente do Movimento Nacional População de Rua, Leonildo José Monteiro Filho”, afirmou.

O presidente da Associação Londrinense de Circo, Paulo Líbano, explicou que a participação dos beneficiários é essencial para que possam superar a situação de rua. “De maneira geral, os atendidos estão satisfeitos com as ações realizadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social. Porém, eles têm reivindicações, e o ideal é que essas demandas sejam transmitidas por quem as vivencia diretamente”, disse.

Arte Educação

Realizado em parceria entre a SMAS e a Associação Londrinense de Circo desde 2020, o projeto Arte Educação oferece oficinas de capoeira, música, artes, circo, grafite, dança, jogos e teatro. O público-alvo é a população em situação de vulnerabilidade social atendida pela rede municipal de serviços.

A iniciativa visa proporcionar, aos participantes, um ponto de partida para a reconstrução de sua autoestima e para o desenvolvimento socioemocional e de habilidades cognitivas. Seus objetivos também incluem a oferta, aos acolhidos, de novos espaços de sociabilidade, convivência e fortalecimento de vínculos, para que eles possam superar a situação de vulnerabilidade em que se encontram. Para isso, são realizadas ações como o Educador-Par, que propicia aos participantes mais antigos do projeto a possibilidade de inclusão produtiva, permitindo que ofereçam auxílio e orientações aos membros iniciantes.

No ano passado, mais de 900 oficinas foram realizadas pelo Arte Educação em todas as regiões da cidade, totalizando mais de 1300 horas de atividades e 2.396 pessoas atendidas. Em 2021, o projeto já promoveu 71 oficinas, tendo atendido mais de 100 beneficiários. Todas as ações têm seguido os protocolos de saúde e segurança relativos à prevenção da transmissão do novo Coronavírus.

NCPML

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