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Secretário de Saúde, Felippe Machado, e presidente da CMTU, Marcelo Cortez, apresentaram um balanço do trabalho realizado

O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, e o presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Marcelo Cortez, participaram da sessão ordinária ontem (11), a convite do vereador Jairo Tamura (PL), líder do Executivo. Em pauta, as ações de enfrentamento à dengue em Londrina.
Ambos os convidados responderam a questionamentos dos vereadores. João Martins (PSL) indagou por que o fumacê não está atuando na cidade e indagou sobre a quantidade de funcionários no setor de endemias. Felippe Machado informou que o Ministério da Saúde substituiu o veneno antigo, malation, porque não estava sendo eficiente no combate. O novo, chamado cielo, sofreu atraso na entrega e ainda não chegou. O secretário estima que, na segunda quinzena de fevereiro o produto deve ser entregue para a Secretaria Estadual de Saúde, que o encaminhará para os municípios. Em relação aos agentes de endemias, Felippe Machado explicou que são aproximadamente 250 profissionais na cidade. Segundo ele, a administração estuda a necessidade de reposição de pessoal. Machado afirmou também que a maioria dos agentes atua em campo, mas há alguns em trabalho administrativo.
O vereador Amauri Cardoso (PSDB) questionou se o aumento da infestação da dengue tem relação com dificuldades enfrentadas pela coleta seletiva em Londrina. O presidente da CMTU, Marcelo Cortez, disse que Londrina está acima da média nacional sobre a coleta seletiva, mas que há o que avançar. Admitiu que há problemas e contou que a intenção é reforçar o trabalho das cooperativas e dos recicladores regulares.
Já o vereador Jamil Janene (PP) elogiou o trabalho desenvolvido pelo município. "Era pra estar pior a cidade de Londrina. O trabalho de vocês está sendo feito, parabéns por ter vindo aqui hoje dar uma satisfação pros vereadores", concluiu.
O vereador Péricles Deliberador (PSC) perguntou sobre a fiscalização em pátios com carros velhos e possíveis focos de dengue, e pediu mais frequência no trabalho nestes locais. Felippe Machado afirmou que a Secretaria de Saúde mapeou 300 pontos estratégicos em Londrina, como ferros-velhos, onde há necessidade de fiscalização constante.
O vereador Junior Santos Rosa (PSD) questionou quais ações o município poderia realizar caso se confirme uma epidemia de dengue em Londrina. Felippe Machado relatou que foi aprovada pela Câmara de Londrina, no ano passado, uma lei que permite contratações emergenciais de pessoal, em caso de emergência epidemiológica. Segundo ele, a prefeitura segue o protocolo de manejo clínico da dengue, de acordo com a situação do momento. Machado afirma que a Secretaria de Saúde aumentou as escalas de médicos nas Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), com até nove profissionais por plantão, aumentou horário de atendimento da Unidade Básica de Saúde da Vila Ricardo, que após as 19 horas só atende casos de suspeita de dengue, e que UBSs estão abrindo aos sábados nos bairros mais críticos.
José Roque Neto (PL) perguntou sobre a situação do Ponto de Entrega Voluntária (PEV) do Jardim Nova Conquista, na zona leste de Londrina. Marcelo Cortez, presidente da CMTU, garantiu que o local é limpo toda semana, mas que há pessoas na informalidade que estão separando recicláveis em terrenos ao redor.
O secretário municipal de Saúde Felippe Machado ressaltou a importância desse encontro com os vereadores, para apresentar as ações de combate à dengue em Londrina. "Os vereadores têm um importante papel dentro da sociedade enquanto formadores de opinião. Se cada um fizer a sua parte, se os vereadores conseguirem ir até as suas bases e falar da situação que estamos vivendo, não tenho dúvidas de que isso vai se somar a todos os esforços da prefeitura pra que a gente possa vencer essa guerra", garante.
Índices

Antes dos questionamentos dos vereadores, o secretário de Saúde Felippe Machado fez um balanço da Campanha Londrina Unida Contra Dengue e dos mutirões realizados pelo Poder Público. Machado também apresentou os números do último Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa), que mede a infestação de dengue na cidade. O LIRAa está em 7,7, ou seja, de cada 100 imóveis de Londrina, 7,7 apresentaram focos do aedes aegypti. O Ministério da Saúde considera como risco índices acima de 3,9.
De acordo com Machado, o que chama a atenção é o número de pessoas que contraíram dengue neste ano. Londrina tem hoje 391 casos confirmados de dengue e outros 4.363 sob suspeita, aguardando o resultado de exames laboratoriais. A região com maior número de pessoas com dengue é a norte (116 casos), seguida das zonas leste (133 casos), centro (81 casos), zona oeste (30 casos), zona sul (25 casos) e rural (6 casos). Não há mortes confirmadas pela doença, porém o óbito de um idoso de 95 anos está em análise, dependendo de confirmações laboratoriais.
O presidente da CMTU, Marcelo Cortez, destacou os mutirões e os "bota-fora" realizados pela companhia nos bairros para retirada de lixo de quintais e de terrenos. Segundo ele, só na região do Morro do Carrapato, na zona leste, foram retirados 370 caminhões com entulho e sujeira. No Jardim Tropical, 108 caminhões. Cortez reforçou que a CMTU vai reforçar o trabalho de limpeza de bueiros, que, segundo ele, têm sido usados indevidamente como pontos de descarte de lixo. Uma empresa terceirizada foi contratada para se somar ao serviço de limpeza já realizado pela companhia.
O presidente da Câmara de Londrina, Ailton Nantes (PP), avaliou como positiva a reunião e os dados apresentados pelos convidados. "A Câmara já tinha ciência da gravidade que nós estamos passando Com essas informações vamos ter mais subsídios para reivindicar que os órgãos públicos façam a parte dele, mas que também a comunidade participe", conclui.

Vinicius Frigeri/Asimp/CML

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