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Poucos dias após a realização de uma megaoperação de combate à pedofilia deflagrada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em que foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 24 estados e no Distrito Federal, com a participação de 1,1 mil policiais, a Câmara de Vereadores de Londrina realiza audiência pública para debater o tema "Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes – Políticas Públicas de Enfrentamento". O debate será nesta quarta-feira (25), às 19 horas, na sala de sessões do Legislativo, por iniciativa do vereador Junior Santos Rosa (PSD), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Nascituro, da Criança, do Adolescente e da Juventude.

Aberta à participação de toda a comunidade, a audiência deve reunir representantes da Secretaria de Assistência Social, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Educação, Varas da Infância e da Juventude, Promotorias de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselhos Tutelares, Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima de Crimes (Nucria) e Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, entre outras instituições ligadas ao tema.

Para o vereador Junior Santos Rosa, que vai presidir o debate, o momento é bastante oportuno para discutir o problema e buscar formas de prevenção. "Dados apresentados pelo Ministério Público têm demonstrado que a situação é muito preocupante. Este tipo de violência encontra terreno fértil na ‘pandemia’ de pornografia dos dias atuais e na falta de filtro para acesso aos conteúdos que circulam na internet. Os frequentes casos de violência contra crianças apontam que não podemos ignorar esta discussão", afirma o parlamentar, lembrando que a audiência pública será uma oportunidade para analisar a forma como o Município enfrenta a pedofilia, se há maneiras de evitá-la, e de tornar pública a atual realidade.

Desafios – A diretora de Proteção Social Especial da Secretaria Municipal de Assistência Social, Josiane Nogueira, defende que a Rede de Proteção Social à Criança e ao Adolescente hoje existente no município tem colaborado para a melhor percepção da sociedade sobre este tipo de violência e, consequentemente, levado ao maior número de denúncias. Porém, segundo Josiane, um grande desafio ainda persiste: oferecer condições aos professores para denunciarem em segurança os casos de violência.

"Os professores e professoras são as pessoas que mais têm condições de perceber mudanças no comportamento da criança e identificar os sinais de abuso, pela intensa convivência no dia a dia da escola. Portanto os esforços hoje devem ser para dar segurança aos professores para que possam fazer os encaminhamentos necessários sem se sentirem ameaçados", explica a diretora.

 Durante a audiência pública os participantes poderão apresentar propostas de como melhorar a rede de assistência no município.

ASCOM/CML

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