Câmara e Justiça Eleitoral lançam edital para ‘eleição mirim’
Evento será às 10 horas, no dia 1º, no Fórum Eleitoral de Londrina e divulgará as regras que nortearão a escolha dos novos integrantes da Câmara Mirim
O edital 2019/2020 dos projetos Câmara Mirim, da Câmara Municipal de Londrina (CML), e Parlamento Jovem, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), será lançado na próxima quinta-feira (1º de agosto), às 10 horas, em cerimônia no prédio do Fórum Eleitoral da cidade. O evento marca o início das atividades parlamentares do segundo semestre deste ano. Instituída pelo Legislativo Municipal em 2017, a Câmara Mirim permite que estudantes de ensino fundamental e médio simulem as atividades de um vereador, durante encontros mensais realizados à tarde, na sala de sessões, para debater problemas da comunidade escolar e da cidade, e decidir sobre possíveis soluções.
Após a eleição da 1ª Legislatura da Câmara Mirim, o Legislativo Municipal associou-se ao programa Parlamento Jovem, da Escola Judiciária Eleitoral do TRE-PR, que passou a coordenar o processo de escolha dos jovens vereadores. Desde 2018 a parceria permite que os estudantes entendam não apenas o processo legislativo como as regras eleitorais e os procedimentos para a eleição dos agentes políticos.
As inscrições para os projetos Parlamento Jovem e Câmara Mirim podem ser feitas tanto por escolas públicas quanto por instituições privadas. A iniciativa é voltada a estudantes do 5º ano do ensino fundamental ao 2º ano do ensino médio. Após o processo eleitoral são empossados 19 vereadores mirins (um por escola), a mesma quantidade de parlamentares que compõem a Câmara de Londrina. “O objetivo do projeto é fazer com que os estudantes tenham uma compreensão completa do processo legislativo. Para isso eles recebem treinamento no início da legislatura mirim (mandato parlamentar)”, explica o coordenador da Escola do Legislativo, Jeferson Inácio. Durante a primeira semana do programa, os alunos eleitos acompanham palestras sobre temas como a estrutura organizacional do
Legislativo londrinense, a função dos vereadores e o processo de discussão dos projetos e de outras proposições.
Para o presidente da Câmara de Vereadores, Ailton Nantes (PP), o programa Câmara Mirim aproxima a comunidade do trabalho desenvolvido pelos parlamentares. “A Câmara normalmente desenvolve suas atividades em um horário no qual a maioria das pessoas está no trabalho e não consegue estar aqui ou acompanhar online as discussões. Por isso, muitas vezes não conseguimos atingir o munícipe como gostaríamos. Quando os alunos têm contato com os vereadores e a instituição, eles acabam disseminando esses conhecimentos na escola, na família e no grupo de amigos”, afirma.
Eleição
Em Londrina, o processo de escolha dos vereadores mirins é orientado e dirigido pela Justiça Eleitoral. Os estudantes das escolas inscritas conhecem as regras eleitorais e participam de todas as etapas que resultam na escolha de um representante do povo. O juiz Luiz Valério dos Santos, da 146ª Zona Eleitoral, de Londrina, explica que a instituição promove o treinamento de professores e diretores, que posteriormente trabalham os conteúdos em sala de aula com os estudantes. Os alunos recebem títulos de eleitor fictícios, filiam-se a “partidos políticos” e participam de convenção partidária para a escolha do representante da sigla, além de elaborarem suas propostas e realizarem campanhas eleitorais na instituição de ensino. Os jovens que trabalharão como mesários no dia da eleição também passam por treinamento. No dia da votação são utilizadas urnas eletrônicas e os estudantes eleitos são, posteriormente, diplomados na Justiça Eleitoral.
Na opinião do Luiz Valério dos Santos, tanto o Parlamento Jovem quanto a Câmara Mirim ajudam a promover a formação política e cidadã de crianças e adolescentes. “O objetivo é levar esse esclarecimento aos estudantes, até para que eles possam se interessar pela política”, afirma.
Asimp/CML
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