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Cooperação técnica entre o Governo Federal e agência da Alemanha selecionaram um terreno da Companhia de Habitação de Londrina, que fica na zona norte para implementar projeto arquitetônico energeticamente eficiente

Londrina foi contemplada para receber o projeto “Eficiência Energética para o Desenvolvimento Urbano Sustentável: Foco Habitação Social” (EEDUS), que é uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), através da Secretaria Nacional de Habitação (SNH), com a Agência Alemã de Cooperação Internacional Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ).

O objetivo da iniciativa é melhorar a qualidade dos empreendimentos de habitação social do Brasil, levando em consideração a diversificação e aplicabilidade dos projetos, as boas práticas, a sustentabilidade e a eficiência energética. Por isso, a cooperação bilateral entre Brasil e Alemanha leva em consideração construções, que possibilitam o conforto ambiental ao usuário com o baixo consumo de energia.

Para o diretor-presidente da Cohab-Ld, Luiz Cândido de Oliveira, os benefícios para Londrina com a vinda desse projeto são enormes, pois as famílias que serão contempladas com uma unidade habitacional do projeto vão receber uma moradia totalmente sustentável, construída para ajudar na conservação da energia, no aproveitamento de água e na climatização dos ambientes por meio do posicionamento do sol. “Isso realmente vai trazer uma qualidade de vida para as famílias, que vão receber um empreendimento pensado exatamente para a conservação da energia e conforto térmico, e totalmente sustentável. É um ganho imensurável para Londrina, para o Paraná e para a região bioclimática 3 do Brasil, porque todas essas regiões serão beneficiadas com o protótipo de edificação feito em Londrina, inclusive as universidades com as pesquisas e estudos do setor habitacional”, ressaltou Oliveira.

O coordenador do projeto de cooperação técnica entre o Brasil e a Alemanha, arquiteto e urbanista Philipp Hoeppner, explicou que entre as propostas que podem ser desenvolvidas estão o estabelecimento de uma área mínima de cobertura observando a proporção adequada dos ambientes, respeitando a ventilação natural e o sombreamento, instalação de coberturas que permitam a transferência de calor e a absorção da radiação solar, assim como vidros com fator solar e utilização de fontes renováveis de energia. “O que acho interessante desse projeto é que ele combina, por um lado a temperatura das unidades habitacionais pequenas, onde moramos, com o clima global, o que é um desafio muito grande”, elucidou Hoeppner.

Para colocar em prática a cooperação, a Secretaria Nacional de Habitação e a agência da Alemanha abriram o concurso nacional para selecionar projetos arquitetônicos de moradias sociais energeticamente eficientes, e outro processo de seleção para que as Companhias de Habitação do Brasil (Cohab) apresentassem terrenos que poderiam receber os projetos. O coletivo Síntese Arquitetura e Urbanismo (Síntese.arq) foi o vencedor do concurso nacional, apresentando a melhor proposta de arquitetura, e a Companhia de Habitação de Londrina (Cohab-Ld) teve seu terreno selecionado.

A analista de Infraestrutura da Secretaria Nacional de Habitação, Andiara Campanhoni, lembrou que, agora, o escritório de arquitetos está em Londrina para conhecer a realidade local e adaptar o projeto ao terreno e ao clima da cidade. “Os arquitetos vão utilizar os parâmetros locais e as exigências da portaria do Ministério de Desenvolvimento Regional para adaptar o projeto à realidade local, buscando a melhor solução e conforto às famílias que serão beneficiadas, e explorando soluções sustentáveis, como as fontes de energia renováveis, reaproveitamento de água e a simulação de conforto térmico. Futuramente, nós faremos um trabalho social voltado à geração de renda extra, que explore áreas comerciais, para diminuir os custos do condomínio”, ressaltou a analista do Governo Federal.

O terreno da Cohab onde deve ser construído o projeto fica na Rua João Marquês da Silva, próximo à Rua Maria Inês Leonel Oliveira, no bairro Jardim São Jorge, no Contorno Norte de Londrina. A visita técnica a ele foi realizada na manhã desta quarta-feira (28), com a presença do diretor-presidente da Cohab-Ld, Luiz Cândido de Oliveira, o diretor do projeto GIZ, Arnd Helmke; com o assessor técnico sênior do GIZ, Daniel Wagner; e com quatro arquitetos do escritório Síntese.arq.

A visita a Londrina teve início ontem, com reuniões de trabalho e apresentação da iniciativa ao prefeito Marcelo Belinati, no auditório da Prefeitura. “Nós estamos muito felizes em poder receber esse projeto. A cidade de Londrina tem muito a ganhar com ele, principalmente as nossas famílias mais carentes, que precisam de uma moradia social, mas também a sociedade como um todo, porque ele visa a sustentabilidade e a eficiência energética”, disse o prefeito.

A reunião durante a tarde de ontem (28) contou com a presença do secretário municipal de Ambiente, Ronaldo Siena; secretário de Obras e Pavimentação, João Verçosa; secretário de Governo, Alex Canziani; e do presidente do IPPUL, Tadeu Felismino; além dos representantes da empresa de arquitetura e urbanismo Sintese.arq; da Secretaria Nacional de Habitação e da Agência Alemã de Cooperação Internacional.

NCPML

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